A ousadia de um grupo de freis capuchinhos transformou a nossa região.
Em 1956, com a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (FAFI), Instituição que anos mais tarde daria origem a uma universidade, foi dado o passo inicial para a constituição do ensino superior na região noroeste do Rio Grande do Sul. O pioneirismo se deu graças à Ordem dos Frades Menores Franciscanos, conhecidos como Capuchinhos, e à comunidade ijuiense e regional, que juntos iniciaram uma mobilização. Um ano depois, no dia 16 de março de 1957, a FAFI era instalada.
Em 1969, o patrimônio da FAFI passa à Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (FIDENE), hoje mantenedora da UNIJUÍ - que se tornou universidade em 1985 -, do Museu Antropológico Diretor Pestana, do Centro de Educação Básica Francisco de Assis (EFA) e de Rádio Educativa UNIJUÍ FM.
Em 1993, após a formalização do caráter regional e multicampi, transforma-se na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, ampliando posteriormente seu reconhecimento regional com os campi de Ijuí, Panambi, Santa Rosa e Três Passos.
A área de atuação da Fidene/UNIJUÍ abrange 55 municípios do Estado, que integram os Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Noroeste Colonial, Celeiro e Fronteira Noroeste, compreendendo uma população de aproximadamente 656 mil pessoas.
Em 2017 inúmeros eventos vão comemorar o ensino superior na região e fazer uma retrospectiva sobre o impacto social e a pertinência de termos uma universidade comunitária no noroeste gaúcho, além de retomar o presente, tentando traçar os próximos 60 anos de futuro. Para a reitora da Unijuí, professora Cátia Nehring, precisamos olhar essa história e lembrar que há 60 anos não tínhamos nem estradas e praticamente não havia instituições que formassem novos profissionais, por isso devemos muito à ousadia dos fundadores da FAFI: “Nem Ijuí e nem a região seriam as mesmas sem essa trajetória de 60 anos de ensino superior. Sabemos que devemos muito também aos municípios da região, mas é preciso refletirmos sobre como seria 2017 sem a presença da Unijuí, sem a ousadia de um grupo de pessoas que 60 anos atrás aceitaram esse desafio de implantar aqui o ensino superior”.
Linha do tempo - 60 anos de ensino superior
O ensino superior em números
A Aula Inaugural dos cursos de Administração e Gestão de Cooperativas da Unijuí – Campus Santa Rosa abordou os cenários e tendências que impactam na gestão cooperativista.
O evento, realizado na noite desta terça-feira, teve o tema: “Desafios da Gestão de Cooperativas na Atualidade: Cenários e Tendências”. Na oportunidade, foi realizado um painel que contou com a presença do Presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, professor Vergílio Frederico Perius, do Presidente da Cotrirosa, Sr. Eduino Wilkomm e também do Diretor Executivo do Sicredi União RS, sr. Sidnei Strejevitch. O painel foi mediado pelo professor Pedro Luis Buttenbender.
Na abertura, o professor Luciano Zamberlan, Coordenador dos Cursos de Administração e de Tecnologia em Gestão de Cooperativas destacou a importância do cooperativismo para a sociedade e da pertinência da discussão de temas que envolvem a profissionalização do setor, as boas práticas de governança das cooperativas e dos desafios para a renovação e organização do quadro social dessas entidades. Zamberlan ainda ressaltou a pertinência do debate que, além de contar com a presença dos alunos da graduação, também despertou o interesse de alunos da pós-graduação e da comunidade externa que acabaram lotando as dependências do Auditório Central da Unijuí.
O professor Vergílio Perius evidenciou que o cooperativismo gaúcho expandiu seu faturamento em 15,75%, mesmo em meio a um cenário econômico adverso. Atualmente há 434 cooperativas no Rio Grande do Sul, que emprega mais de 58 mil colaboradores, atendendo mais de 2,6 milhões de associados. Além disso, as cooperativas exercem importante papel econômico e social em suas comunidades e regiões do estado, tendo gerado em torno de 1,8 bilhão de reais em tributos. Estima-se que há 70,6% da população gaúcha envolvida de alguma forma no cooperativismo. Perius ainda destacou que as principais perspectivas para o setor em 2017 são o de crescimento do cooperativismo de crédito, investimentos em gestão corporativa, desenvolvimento de políticas públicas adequadas ao setor, aumento do compromisso com a comunidade e fortalecimento da intercooperação.
O Presidente da Cotrirosa, Sr. Eduino Wilkomm apresentou uma série de informações sobre a cooperativa agropecuária que atualmente conta com 25 unidades e mais de 6, 2 mil associados. Os dados demonstraram tanto a ampliação da área de atuação geográfica quanto o aumento expressivo no faturamento da cooperativa. De acordo com Wilkomm, o grande desafio da Cotrirosa tem sido encontrar o ponto de equilíbrio entre os interesses de cada associado e os objetivos coletivos por meio de uma gestão mais profissionalizada.
O Diretor Executivo da Sicredi União RS, Sr. Sidnei Strejevitch, que é egresso do Curso de Administração da Unijuí, apresentou uma caracterização do Sicredi que, atualmente, está presente em 20 estados brasileiros, por meio de 118 cooperativas e 21,4 mil colaboradores e tem sido considerada nos últimos anos uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil. A Sicredi União RS está presente em 29 municípios da região e possui mais de 134 mil associados. Strejevitch apresentou as perspectivas e objetivos estratégicos da Sicredi União RS, bem como os projetos desenvolvidos e o modelo de gestão adotado pela cooperativa.
O professor Pedro Luís Buttenbender realizou a mediação do painel e também coordenou a interação dos palestrantes com o público. Ao final, destacou a importância do cooperativismo para a região e da pertinência dos Cursos de Administração e de Gestão de Cooperativas promoverem debates que permitam aos alunos e também à comunidade externa conhecerem com mais profundidade as organizações e como elas contribuem para o desenvolvimento dos municípios onde estão inseridas.
O ato em homenagem será realizado às 15h30min desta quinta-feira.
Nesta quinta-feira, em cerimônia alusiva aos 60 anos de Ensino Superior da Instituição, a Unijuí vai realizar, no Salão de Atos do Campus Ijuí, às 15h30min, uma homenagem ao professor Argemiro J. Brum.
Na programação, a abertura terá uma fala da Reitora, professora Cátia Maria Nehring. Logo após, o professor Jaeme Luiz Callai (DHE), aborda “O legado acadêmico do Professor Argemiro Jacob Brum”. Na sequência, Eliane Brum, filha do professor, vai compartilhar com o público a fala “Viviário” de Argemiro Jacob Brum”. Também será realizada uma apresentação do Coral Unijuí. Ao final do evento, será realizado o Ato de Denominação do Salão de Atos “Argemiro Jacob Brum”.
Este será um dos eventos que marcarão os 60 anos de Ensino Superior da Instituição, ao longo do ano outras homenagens serão realizadas pela Unijuí.
Uma trajetória dedicada à educação
O professor Argemiro Jacob Brum, um dos fundadores da FIDENE/UNIJUÍ, faleceu no dia 5 de agosto de 2016 e foi sepultado no dia 6, no Cemitério da Comunidade do Barreiro (interior do município de Ijuí).
Filho de agricultores de imigração italiana, dedicou sua vida à educação. Seu pai, José Brum, tinha um sonho: dar estudo a pelo menos um de seus filhos. E o desejo do pai, que faleceu ainda jovem, foi concretizado pela sua família através de Argemiro.
Após cumprir todos os estudos básicos, cursou Filosofia e Letras na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (FAFI), pioneira no ensino superior da Região Noroeste do Rio Grande do Sul. Desde então, nunca mais parou de estudar e de ensinar. Também deixa como legado uma série de obras.
Professor do Ensino Superior por mais de 40 anos, Argemiro integrou o quadro docente da Unijuí tendo sido Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí e da Faculdade de Ciências Administrativas, Contábeis e Econômicas de Ijuí e Presidente da Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado – Fidene. Nos últimos 10 anos ingressou no quadro de docentes seniores da Unijuí.
No ano de 1992, recebeu os títulos de "Professor Emérito" e "Educador Emérito", conferidos, respectivamente, pela Unijuí e pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, e o prêmio "Educação RS 2002", pelo Sinpro/RS.
Publicou mais de uma dezena de obras, entre as quais destacamos: “O Desenvolvimento Econômico Brasileiro” (25 ed.), “Por que o Brasil foi ao Fundo”, “O Brasil no FMI”, “Modernização da Agricultura: trigo e soja, Democracia e Partidos Políticos no Brasil”, “Rio Grande do Sul: crise e perceptivas, Integração do Cone Sul: Mercosul, História da Picada Conceição (Barreiro, Ijuí/RS)” e “Unijuí uma experiência de Universidade Comunitária: sua história, suas ideias”.
No ano de 2015, o professor participou de um vídeo sobre os 30 anos da Unijuí, confira um trecho do depoimento:
Para a Unijuí FM, o professor Jaeme Callai fala sobre o legado do professor Argemiro
O primeiro semestre de 2012 foi marcado pelo início do curso de Engenharia Elétrica na Unijuí, campus Santa Rosa. Os então calouros, Andersson André Pellenz, Eduardo Augusto Jungblut Fernandes, Giovani José Gonchorovski, Jair José Fritzen Blatt, Carlos Moisés Tiede e Rafael Ruppenthal davam início aos cinco anos de aprendizado.
Também se formaram estudantes de Ciência da Computação e Engenharia Civil
Neste mês de março, dia 03, os seis acadêmicos concluíram o curso em cerimônia de colação de grau no Parque de Exposições. A professora Taciana Paula Enderle, coordenadora do Curso, destacou os desafios nesses primeiros anos e a sensação de dever cumprido.
“A sensação é de gratidão, por poder caminhar com estes estudantes durante este período e poder acompanhar a evolução que tiveram” comenta a professora que planeja, daqui para frente, fortalecer a relação do Curso de Engenharia Elétrica com a comunidade regional.
Segundo a professora, o desejo é de continuar formando profissionais para atender as demandas da sociedade “sempre visando uma formação cidadã e crítico-reflexiva deste profissional“, enfatiza.
O filme será exibidos na próxima quinta-feira, dia 16, às 14h, no Auditório do Mestrado em Direitos Humanos da Unijuí.
Foto: Divulgação
No dia 16 de março tem estreia da edição de 2017 do projeto Cinema e Direitos Humanos da Unijuí. O projeto, agora na 3ª edição, é coordenado pelo professor do Mestrado em Direitos Humanos Maiquel Wermuth.
Segundo o professor, os filmes exibidos, ficcionais e também documentários, abordam temas relacionados aos direitos humanos com o objetivo de criar uma aproximação com o assunto e “criar uma cultura de educação em direitos humanos através de uma linguagem cinematográfica” comenta o professor.
Após as sessões os telespectadores fazem uma discussão sobre a abordagem do filme “(a ideia é) ter um debate bastante plural, justamente a partir desses diversos pontos de vista a respeito dos temas que são tratados em cada sessão” ressalta Maiquel.
A conversa acontece sempre com convidados especiais, professores ou estudantes do curso.
Confira a notícia em boletim da Unijuí FM
Projeto foi apresentado na última sexta-feira e busca alternativas para melhorar a mobilidade na comunidade.
A professora Cátia Maria Nehring, Reitora da Unijuí e a professora Cristina Pozzobon, Vice-Reitora de Graduação, receberam, na última sexta-feira, 10, o presidente do Conselho Estadual de Trânsito do Estado do Rio Grande do Sul – Cetran/RS, Luiz Noé, para apresentação da proposta que busca, a partir deste projeto, incluir as Universidades na mobilização para um trânsito mais seguro e colocar o jovem universitário como protagonista dessas ações, além de propor uma reflexão sobre a complexidade dos problemas relativos à mobilidade.
Na reunião, Unijuí, Cetran/RS e a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro discutiram as possibilidades de contribuição da Universidade para efetivar o projeto. Algumas das pautas em discussão na conversa, foi a possibilidade de implantação do projeto, levando em consideração o grande fluxo de motoristas em horário de aula e no final de semana no campus.
Atualmente, acidentes de trânsito são os principais responsáveis por mortes de jovens entre 15 e 29 anos de idade. Segundo o projeto, o objetivo é desenvolver atividades de reflexão sobre esses dados e alternativas para a diminuição dos índices de acidentabilidade.
Estiveram presente na reunião, além de representantes da Unijuí, na pessoa da Reitora e da Vice-reitora de Graduação e do presidente da Cetran/RS, Liziane Bayer, deputada estadual que preside a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro e o vereador ijuiense Jeferson Dalla Rosa.
Curso recebeu conceito 4 de 5, após avaliação in loco.
A Unijuí comemora mais um ótimo resultado conferido pelo Ministério da Educação (MEC). Após receber uma visita regular de avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), a Universidade recebeu o relatório de avaliação, em que o curso EaD em Processos Gerenciais obteve conceito 4, em uma escala de 1 a 5.
Durante a visita, que ocorreu entre 05 e 08 de março, os avaliadores do MEC analisaram as condições in loco a partir de três aspectos: Organização Didático Pedagógica; Corpo Docente e Tutorial; e Infraestrutura. A Universidade atendeu aos requisitos legais e normativos do MEC e aguarda apenas a publicação do resultado no Diário Oficial da União. Estiveram envolvidos nesse processo avaliativo os gestores, os professores, os estudantes e os técnico-administrativos da Unijuí, que tiveram a responsabilidade de comunicar aos avaliadores o que a Universidade oferece em termos de processos e resultados acadêmicos e administrativos.
Para a Vice-Reitora de Graduação, professora Cristina Pozzobon, este resultado é bastante importante, pois demonstra a qualidade e a seriedade do trabalho realizado pela Unijuí a partir de seus cursos de graduação, para conferir sua excelência acadêmica. “Estamos muito satisfeitos com esse resultado, pois conseguimos comunicar e mostrar o resultado ao longo dos 60 anos de trajetória institucional”, comemora.
Colheita do trigo, ordenha, trato de animais, ato em defesa dos direitos trabalhistas. Essas são alguns dos aspectos retratados pela exposição fotográfica “Da Luta eu Não Fujo – As trabalhadoras rurais em Ijuí”. A partir de segunda-feira, dia 13, será possível conferir a mostra fotográfica no Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP).
Os registros estão no acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana e destacam coleções de Eduardo Jaunsem, Família Beck, Jornal da Manhã e outros arquivos de Ijuí e do Museu
O objetivo da mostra, além de marcar o Dia Internacional da Mulher, é promover e incentivar o debate de gênero, tendo como parâmetro o trabalho da mulher no meio rural e sua organização profissional. As imagens contam a trajetória das mulheres trabalhadoras rurais na história de Ijuí.
Também haverá programação no Parque de Exposições Wanderley Burmann, dia 16 de março. No MADP a exposição fica disponível até o dia 31 de março.
As Feiras que acontecem em vários locais do Brasil, chegam ao Rio Grande do Sul por meio da Unijuí.
Nesta sexta-feira, 10, e no sábado, 11, no auditório do Departamento de Ciências Exatas e Engenharias (DCEEng), a Unijuí sedia uma formação que é o primeiro passo para a realização da primeira Feira de Matemática a ser realizada no Rio Grande do Sul. A abertura do evento de formação contou com a presença da Reitora da Unijuí, professora Cátia Nehring, do Secretário de Educação de Ijuí, Eleandro Lizot, da Coordenadora Pedagógica Adjunta da 36ª CRE, Eveline Eberle e do Chefe do DcEEng, professor Maurício de Campos.
Marília Zabel professora de Matemática do Instituto Federal Catarinense e integrante da comissão organizadora da Rede de Feiras de Matemática, explica que essa formação é uma preparação para o evento que acontece em agosto em Ijuí. “A matemática muitas vezes assusta os alunos, mas com uma metodologia diferenciada e por meio de projetos de ensino, modelagem matemática ou jogos, é possível criar uma percepção diferente, então a Feira é uma forma de socializar boas práticas no ensino da matemática, é mostrar o que os professores estão fazendo em sala de aula para desmistificar a visão sobre essa disciplina”, destaca. Segundo ela, 75% dos trabalhos apresentados por alunos e professores na Feira ganham prêmio de destaque, os outros 25% levam para casa o prêmio de menção honrosa.
A Rede de Feiras de Matemática surgiu em Blumenau, Santa Catarina, em 1985, com o objetivo de aprimorar o processo de ensino e aprendizagem da matemática. De lá para cá a Rede já realizou, sem interrupção, cerca de 400 feiras, sendo três delas nacionais.
De acordo com o professor do curso de Matemática da Unijuí, Peterson Cleyton Avi, a partir da formação que está sendo realizada na Unijuí e que teve mais de 100 inscritos entre estudantes e professores de graduação e professores da rede privada e pública de ensino, as escolas vão começar a envolver os alunos e desenvolver seus projetos, que serão socializados na Feira, que acontece no dia 25 de agosto. “O objetivo é mostrar o que está sendo realizado no chão da escola e que, a partir disso, seja possível criar uma visão diferenciada da matemática, para que ela seja vista com bons olhos”, ressalta. A primeira Feira de Matemática do Rio Grande do Sul acontece por meio de uma parceria entre a Unijuí, o Centro de Educação Básica Francisco de Assis (EFA), a Secretaria de Educação de Ijuí (Smed) e a 36ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).
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