“É preciso ter paciência com as coisas da vida”, professora do DCVida Lígia Franz - Unijuí

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“É preciso ter paciência com as coisas da vida”, professora do DCVida Lígia Franz

 

 

Diagnosticada com câncer de mama no ano passado, a professora enfrentou a doença e hoje dá um relato sobre o que a faz lutar e seguir lutando.

O ano de 2014 marcou a vida de Lígia Franz, professora do curso de Nutrição e do Mestrado em Atenção Integral à Saúde da UNIJUÍ, de uma forma diferente. Um diagnóstico assustador – câncer de mama – organizou uma nova rotina em sua vida. Junto a isso, as incertezas e o medo do que ela enfrentaria para vencer a doença.

A primeira vitória veio em fevereiro, quando Lígia realizou a retirada do tumor. Após, submeteu-se a seis sessões de quimioterapia no primeiro trimestre e 33 sessões de radioterapia no segundo. Essa parte do tratamento pode ser considerada uma das mais críticas e dolorosas, e apesar da dificuldade e intensidade, Ligia muito refletiu e buscou forças na família, para encarar esse momento crítico e a perceber que, a cada novo dia, uma nova vitória era conquistada.

 

“Eu tinha, e ainda tenho muitas preocupações, tenho um filho de 16 anos e um pai de 82, que dependem de mim. Foi muito difícil de receber este diagnóstico, principalmente quando não se sabe exatamente o que vai acontecer.”

 

Mas esses números e dados correspondentes ao tratamento da doença mostram que, no fim das contas, a professora passou pelo período mais crítico da batalha contra o câncer e sua vida, apesar da adversidade, segue seu cotidiano. Aliás, mesmo durante a fase intensiva do tratamento, Lígia não se licenciou totalmente de suas atividades na Universidade. Seguiu orientando seus bolsistas. Ministrou aulas no mestrado. O trabalho, os amigos, a família e a espiritualidade ajudaram a manter o foco, a força e a fé.

 

“Logo que tive o diagnóstico, procurei conversar com as pessoas com as quais eu mais convivia e tive um grande apoio. Não me senti sozinha nunca. Foi muito importante também o atendimento, tanto dos médicos, cirurgião e depois os oncologistas clínicos”.

 

Das muitas lições que aprendeu com essa súbita mudança em sua vida, talvez uma das mais importantes, é justamente a de não desanimar e manter a força, mesmo naqueles momentos mais difíceis, quando o medo toma conta.

 

“É preciso fazer aquilo que é necessário fazer, e na medida do possível levar a vida normalmente. Tive apoio da Instituição, dos colegas e sorte de poder continuar trabalhando. Isto foi importantíssimo”.

 

Na família, que não deixou a peteca cair, vem outro exemplo para a professora: “tive na minha vida um exemplo de mulher lutadora, que foi a minha mãe. Ela passou 30 anos convivendo com as sequelas de um câncer de mama, e tinha uma vontade de viver muito grande. Também tive o exemplo de colegas que passaram pela mesma situação, mulheres lutadoras que me dão muito apoio”, complementa.

Por fim, Lígia mostra para quem passa pelo mesmo drama ou ainda vai passar que, é preciso sempre estar atento em relação ao corpo. Conhecer a si mesmo com profundidade pois, “muitas vezes o câncer é silencioso. Temos que dar atenção à saúde. E precisamos nos conceder tempo para o lazer, ter disciplina para exercícios físicos e também em relação ao trabalho. É preciso ter paciência com as coisas da vida”.


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