Cemitérios são lugares indispensáveis para toda e qualquer sociedade, mas, por serem ambientes que desencadeiam um alto risco de poluição e grande impacto psicológico, sempre foram motivos de preocupação. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso, a recém-graduada no curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, Rayanna Rizzardi Ribas, buscou uma solução sustentável e compacta para o sepultamento dos cadáveres.
A ideia surgiu após a acadêmica ler dois comentários em uma postagem nas redes sociais, que diziam “urbanização de cemitérios” e “crematórios”. “Logo após, comecei a pesquisar as tendências sobre o assunto e encontrei uma nova proposta para cemitérios, que os verticaliza. Portanto, estava aí meu tema, um cemitério vertical”, comenta.
Na pesquisa, intitulada “Ciclo Memorial: proposta arquitetônica de um cemitério vertical para o município de Ijuí - Rio Grande do Sul”, Rayanna explica que “há uma necessidade no setor mortuário”. “Dentre elas, estão a ampliação de vagas para os sepultamentos e a posterior compactação da área territorial ocupada pelos túmulos. Assim, obtém-se uma solução que resulta em uma nova concepção de cemitérios, agora em âmbito vertical”, explica.
Segundo Rayanna, o empreendimento proposto possui 7.419 vagas para sepultamento e, considerando a mortalidade no município de Ijuí, equivale a aproximadamente 10 anos de uso. “Posteriormente, poderiam ser construídos novos pavimentos, adequando o prédio à necessidade da cidade”, relata.
O local também possui um sistema de coleta e tratamento dos gases cadavéricos, visando ser um empreendimento correto, trazendo uma solução sustentável e compacta para o sepultamento dos cadáveres. “Além disso, o local possui ambientes agradáveis que contemplam as necessidades básicas dos visitantes e um memorial, em homenagem a todos que já se foram”, acrescenta.
Com o diploma em mãos, a arquiteta afirma que já iniciou sua carreira profissional. “Abri um escritório de arquitetura, em parceria com minha amiga e colega, Paola Baseggio Estevo. Vamos realizar projetos arquitetônicos, urbanísticos e de interiores. Hoje me sinto muito feliz com a profissão que escolhi, tendo prazer em poder trabalhar na área da construção civil, projetando e executando os sonhos de nossos clientes”, finaliza.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí