|
Professores Leomar Tesche e Paulo Carlan e a bolsista de Educação Física do Câmpus Santa Rosa, Adriana Terezinha Fabrizio, foram para a Universidade de Tübingen realizar um intercâmbio acadêmico.
A UNIJUÍ, através do Curso de Educação Física, mantém o intercâmbio com a Universidade de Tübingen, na Alemanha, desde de 2007, tendo como coordenador do projeto o professor Dr. Leomar Tesche. Em outubro do corrente ano foram para o intercâmbio com a Universidade de Tübingen, por um período de um ano, dois acadêmicos de Educação Física, Renan Basso (Câmpus Ijuí) e Ricardo (Câmpus Santa Rosa).
No período de 21 de novembro a 8 de dezembro os professores Leomar Tesche e Paulo Carlan e a bolsista de Educação Física do Câmpus Santa Rosa, Adriana Terezinha Fabrizio, foram para a Universidade de Tübingen realizar um intercâmbio acadêmico. O principal objetivo foi conhecer o programa de exercícios físicos no tratamento pós-câncer de mama, programa este desenvolvido pela Dra. Ulbrcke Groeber, que esteve na Unijuí em novembro realizando palestras nos Campi Ijuí e Santa Rosa a respeito de seu trabalho desenvolvido na Alemanha.
No Câmpus Santa Rosa este ano iniciou com a coordenação do professor Dr. Leomar Tesche o programa direcionado para pessoas que foram acometidas por câncer. O trabalho prevê orientação individual e conta atualmente com cinco participantes. A diferença do programa desenvolvido pela Dra. Ulbrcke Groeber na Alemanha que não é individualizado e não usa aparelhos de musculação/sobrecarga, já no Câmpus Santa Rosa é o trabalho é individualizado e são utilizados equipamentos.
Para além do programa de exercícios físicos no tratamento pós-câncer, os professores da Unijuí de Educação Física e bolsista também conheceram diversos programas da área da Educação Física, entre os quais o exercício físico para diabéticos e cardiopatas.
Um dos aspectos que chamou a atenção da equipe da Unijuí foi o seguro saúde existente na Alemanha e, particularmente, em Tübingen. O contribuinte tem direito a dois programas de promoção à saúde, como por exemplo, participar em uma academia de musculação, hidroginástica, natação, e se for o caso também participar de grupos especiais para diabéticos, hipertensos, cardiopatas e pacientes pós-câncer de mama.
“O plano de saúde ressarce a academia, que por sua vez paga os profissionais de Educação Física Os sujeitos praticantes dos programas dos grupos especiais têm que passar por uma avaliação médica de recomendação e liberação para ingressar num programa de exercício físico orientado regular. A cada seis meses o paciente deve retornar para seu médico para uma nova avaliação e mensalmente é enviado para o plano de saúde uma planilha individual de cada participante para o controle”, destaca o professor Carlan.
Na Alemanha os cursos de Fisioterapia, Enfermagem e Fonoaudiologia são cursos técnicos, ou seja, não existem formação universitária. Nas clínicas de saúde os técnicos dessas três áreas fazem parte de uma equipe interdisciplinar, com os médicos, profissionais da educação física e nutricionistas. Segundo Carlan, o intercâmbio possibilitou, além de acompanhar as aulas de educação física para os grupos especiais, um conjunto de ações tais como palestra, reunião de estudos, acompanhamento as aulas do curso de educação física e as aulas de educação física escolar desde a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
Durante o intercâmbio, o professor Paulo Carlan proferiu uma palestra no Instituto de Esporte da Universidade de Tübingen intitulada Educação Física, Esporte e Saúde: uma abordagem educacional. “Aqui faz-se necessário esclarecer que o conceito de esporte na Alemanha é muito mais amplo, esporte compreende todas as práticas corporais/exercícios físicos orientados, já no Brasil quando nos referimos ao conceito de esporte restringe-se somente a uma modalidade esportiva, como por exemplo, basquetebol, futebol, atletismo etc”, destaca o professor.