Graduado no curso de Ciência da Computação da Unijuí em 2018, Antonio Catani está de malas prontas para morar na Itália, na comuna de Sante Marie, a 82 quilômetros da capital Roma. Atuando na empresa BairesDev, da Argentina, e com passagem pela empresa Philips, Antonio afirma que a ida à Europa é um “sonho antigo”.
A mudança não acontece devido a uma oportunidade de trabalho, mas, segundo Antonio, resulta das oportunidades que teve graças à sua formação. “Estou de mudança atrás do sonho de obter a cidadania italiana, devido à minha descendência. Todavia, isso só se tornou possível em razão do aquecimento do mercado na minha área, que tornou viável trabalhar de forma remota para clientes de qualquer localidade do mundo, além de receber o salário em diferentes moedas”, afirma.
A partir do dia 10 de julho, Antonio irá encaminhar a cidadania junto à prefeitura local. De acordo com ele, as mudanças trazem um certo grau de ansiedade, mas, desta vez, está menos ansioso do que estava quando realizou a mudança para Blumenau, para começar a trabalhar na Philips. “Boa parte dessa tranquilidade vem do fato de que eu possuo o privilégio de manter o emprego atual, na BairesDev, trabalhando remotamente, sem preocupações e anseios que geralmente acompanham essas mudanças”, salienta.
O egresso conta que por muito pouco escolheu outra carreira, pois iniciou a graduação no curso de Engenharia Elétrica. “A mudança ocorreu apenas dois semestres depois, quando eu percebi que a minha disciplina favorita, até então, e a melhor nota que eu havia tirado no curso era na disciplina de algoritmos. Esse foi o ponto que me fez optar definitivamente por seguir a minha graduação no curso de Ciência da Computação”, relata.
Durante sua trajetória no curso, Antonio participou do GAIC (Grupo de Automação e Controle) e trabalhou com o desenvolvimento de aplicativos para iOS, no projeto “Desenvolvimento e Implantação de um Lote Pioneiro de um Sistema de Monitoramento e Supervisão de Unidades Transformadoras e Subestações.” “Experiência essa que eu não teria fora do GAIC, pois, na época, o desenvolvimento de aplicativos para esta plataforma era restrito para computadores com MacOS, que eram disponibilizados pelo grupo de pesquisa para que pudéssemos trabalhar”, relata.
De acordo com Antonio, a Universidade possui diversas vivências para que os estudantes possam crescer profissionalmente. “Acredito que essas oportunidades oferecidas pela Unijuí, tanto no GAIC quanto no GCA (Grupo de Pesquisa em Computação Aplicada), fornecem aos acadêmicos a possibilidade de realizar pesquisas em temas interessantes e que certamente vão agregar ao currículo e aos conhecimentos”, enfatiza.
Antonio manda dois recados para os acadêmicos que estão iniciando a Graduação e buscam alçar voos mais altos. “Procurem absorver bem o conteúdo e conceitos apresentados pelos professores. Um dos grandes diferenciais na profissão é a capacidade de entender como otimizar o seu código e ter conhecimento suficiente para agregar com sugestões, ao invés de simplesmente programar o que lhe é passado sem questionar o porquê daquilo”, frisa.
“A outra dica que eu dou, e que em minha opinião se torna essencial hoje em dia, é a prática de um segundo idioma. Posso falar por experiência própria que esse é um grande diferencial para o crescimento dentro da área. Existem empresas dispostas a contratar desenvolvedores que ainda não possuem um nível de conhecimento tão elevado, mas são fluentes em inglês”, finaliza.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí