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Acadêmica do Curso de Administração da UNIJUÍ Câmpus Santa Rosa realiza pesquisa para avaliar atitudes, processo decisório de compra e perfil de consumo de moda íntima por parte das mulheres.
A lingerie é um símbolo de sensualidade e beleza, faz parte de um segmento que brinca com as sensações e o imaginário de homens e mulheres. A moda íntima não é apenas a roupa de baixo, definitivamente se tornou um artigo de moda, algo que faz a mulher se sentir mais bonita e atraente.
A acadêmica Angélica Carine Heinrich Hess, do Curso de Administração da UNIJUÍ, entrevistou 401 mulheres da cidade de Santa Rosa para identificar as atitudes relacionadas ao processo decisório de compra de moda íntima, bem como à identificação dos locais, marcas e fatores que influenciam a compra deste produto.
De acordo com o professor Luciano Zamberlan, orientador do estudo, a lingerie pode ser considerada muito mais do que uma simples peça no guarda-roupa. Ela se caracteriza como um objeto que incorpora um conjunto de sentimentos e percepções, tais como: sensualidade, segurança, desejo, luxúria, autoconfiança ou simplesmente conforto. “A moda íntima pode estar ligada a necessidades utilitárias e hedônicas. As necessidades utilitárias são aquelas às quais consideram os atributos objetivos e funcionais de um produto, tais como o modelo, design, preço e qualidade que uma lingerie pode ter. Já as necessidades hedônicas são subjetivas e próprias da experiência e relacionadas ao desejo de prazer, autoconfiança e alegria, tais como, os apelos de sedução, vaidade e realização que também podem ser associados a uma lingerie”.
Com relação à pesquisa, uma das primeiras perguntas do questionário solicitava que as mulheres identificassem espontaneamente a primeira palavra que viesse à mente quando se fala em lingerie. As respondentes informaram que a primeira expressão é o “conforto” (23,7%), seguida de “sedução” (13%), “sensualidade” (11,2%), “sexo” (6,7%), “beleza” (5,2%), “intimidade” (4,7%), e mais 32 outras palavras que foram citadas.
Alguns dados chamam atenção com relação às atitudes das mulheres no que tange à lingerie. Aspectos relacionados com a sensualidade possuem alto grau de concordância, 88,8% das mulheres afirmam que a lingerie é uma “arma” de sedução. Para 88,5% a lingerie é uma forma de “apimentar” a relação, e 71,6% afirmam que procuram estar atentas aos desejos dos parceiros. Esses são alguns dos dados da pesquisa que evidenciam o conjunto de associações que as mulheres fazem com relação à moda íntima.
Com relação ao processo decisório de compra, um dos aspectos que impacta na identificação da necessidade é o fato de que 74,6% das mulheres concordam que uma lingerie nova ajuda a aumentar a autoestima. Para 83,8% o conforto é um dos aspectos que mais são levados em conta no processo de busca de informação sobre o produto. Com relação à avaliação de alternativas de compra, 42,9% das mulheres leva em consideração a indicação de outras pessoas e 76,8% das respondentes afirmaram que não privilegiam a marca, mas sim pelo modelo e outras características das peças. Outro aspecto a se destacar é que 85% das mulheres evitam ir a lojas de lingerie onde costumam tratar as clientes pela aparência.
Ao serem questionadas sobre a cor de lingerie que as mulheres mais possuem, destacam-se as cores preta (29,4%), branca (23,9%) e vermelha (20,2%), num total de 16 cores citadas. No que tange à quantidade de lingeries que as mulheres possuem, o número variou de 3 a 350 peças, sendo quem em média elas têm 27 peças. Dentre as entrevistadas, o preço mais caro pago por uma lingerie é de R$ 300,00. Já o valor médio que as mulheres da amostra costumam pagar pelas suas lingeries é de R$ 52,16.
Segundo a acadêmica Angélica, o estudo traz ainda muitos outros dados e resultados tais como: os principais locais de compra e marcas de lingeries preferidas, os fatores que mais influenciam na compra do dia a dia e em ocasiões especiais e ainda os padrões de consumo de acordo com o tipo físico das mulheres.
De acordo com o professor Luciano as informações podem contribuir tanto para a indústria quanto para o comércio no sentido de subsidiar os gestores na tomada de decisão e na elaboração estratégias para atenderem de forma mais efetiva o mercado consumidor desta categoria de produtos.