Acadêmica do curso de Administração Câmpus Santa Rosa traz resultados que evidenciam o fato do Brasil ser um dos maiores mercados de consumo de produtos de beleza do mundo.
A sociedade vem passando por diversas transformações que envolvem, inclusive, um aumento significativo da preocupação das pessoas com a própria beleza. As pessoas se sentem motivadas a mudar, e de serem bem vistas e admiradas pelas outras pessoas. Com o propósito de analisar de que maneira a vaidade impacta no comportamento de consumo de integrantes da chamada Geração Y, formada por pessoas que nasceram entre os anos de 1980 a 1995, acadêmica do Curso de Administração da Unijuí Câmpus Santa Rosa, Fernanda Marchiori, realizou seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) focando neste assunto.
Foram entrevistadas 401 pessoas para avaliar o quanto as pessoas são vaidosas, seus objetivos com relação à estética e também seu comportamento de consumo e padrões de gasto de bens e serviços direcionados à beleza.
Os estudos da acadêmica identificaram dois tipos de vaidade, sendo que uma delas é Vaidade Física, que diz respeito à beleza e a atratividade física e a outra é a chamada Vaidade de Atingimento, que se refere ao alcance de objetivos pessoais e profissionais de um indivíduo e é originada de uma relação entre consumo e a exposição de posses.
Alguns dados que chamaram atenção de acordo com Fernanda tratam-se quanto à Vaidade Física: 84,9% dos pesquisados afirmam que a maneira como se apresentam é de extrema importância e 82,7% das pessoas dizem que vale a pena o esforço para se ter um aparência melhor. A auto avaliação quanto à beleza, 63,8% dos entrevistados acreditam ter uma boa aparência de forma geral, porém, apenas 25,2% consideram o próprio corpo atraente.
Na avaliação da Vaidade de Atingimento, os resultados apontam que 72,8% dos pesquisados afirmaram que possuem uma obsessão pelo sucesso profissional, 59,2% querem que suas realizações sejam conhecidas por outras pessoas e ainda 27,3% acha importante que consigam obter mais sucesso do que os colegas.
A pesquisa apontou que 5% dos entrevistados realizaram alguma cirurgia plástica, sendo que as mais realizadas é a rinoplastia e o implante de silicone nos seios, com 35,7% cada. Já 27,1% pretendem realizar alguma cirurgia plástica no futuro, sendo que o implante de silicone e a lipoaspiração são as mais desejadas. Ao comparar esse desejo com relação ao sexo, percebe-se que enquanto 8,2% dos homens tem interesse futuro em alguma cirurgia plástica, esse índice para as mulheres chega em torno dos 50%.
“As pessoas afirmam não poder cuidar ainda mais do visual principalmente por falta de tempo (40,7%) e por falta de dinheiro (34,9%). Com relação preocupação com o peso, 45,2% já fizeram algum tipo de dieta e 38,6% se consideram acima do peso” destaca a acadêmica.
Os respondentes também informaram espontaneamente quem seriam as pessoas que consideram mais vaidosas. Os principais ícones da vaidade feminina que surgiram a partir da pesquisa foram a atriz Angelina Jolie (12,3%) e a modelo Gisele Bündchen (10,3%). Já os representantes da vaidade masculina mais citados foram o jogador Cristiano Ronaldo (12,5%) e os atores Reynaldo Gianecchini e Caio Castro, ambos com 10,5%.
Em uma questão de resposta múltipla as mulheres eram questionadas sobre os principais atributos que tornam um homem atraente, e 90% delas afirmaram que é importante “ser perfumado” e 50% assinalaram a opção “ser bem vestido”. No caso dos homens, 68,5% marcaram a opção “ser bonita” e 56,1% assinalaram a alternativa “ser perfumada”.
De acordo com o professor de Administração e orientador da pesquisa, Luciano Zamberlan, o estudo traz ainda muitos outros dados e os resultados evidenciam essa preocupação das pessoas com a vaidade e ajuda a explicar o fato do Brasil ser um dos maiores mercados de consumo de produtos de beleza do mundo.