Os professores Doglas Cesar Lucas e Fabiana Marion Spengler, vinculados ao Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais e dos Cursos de Graduação em Direito e de Mestrado em Direitos Humanos, junto com alunos do curso, participaram, no final do mês de janeiro, da Jornada de Estudos Conflitos, Mediação Social e Dirietos Humanos, realizado pela Universidade de Roma - La Sapienza, da Itália.
"O Curso de Mestrado tem como objetivo aprofundar a pesquisa e a reflexão sobre os desafios que os direitos humanos enfrentam na atualidade nos diversos contextos. Por isso, se constitui num espaço de formação qualificada e comprometida com a cultura democrática e o desenvolvimento da cidadania. O perfil do futuro egresso é o de um profissional capaz de refletir sobre o tema dos direitos humanos, de construir conceitos e de se posicionar diante da realidade atual. Isto é possível devido à sólida formação, de base interdisciplinar, pelo curso e pelos intensos debates realizados durantes as disciplinas. O Curso surgiu a partir do desmembramento das áreas de concentração do atual Curso de Mestrado em Desenvolvimento e seus professores têm uma longa experiência acadêmica. As linhas de pesquisa são: a) Fundamentos e Concretização dos Direitos Humanos; b) Direitos Humanos, Relações Internacionais e Equidade e c) Direitos Humanos, Meio Ambiente e Novos Direitos. |
O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção Integral à Saúde (PPGAIS), ofertado de forma interinstitucional entre a Unijuí, Unicruz e URI Erechim, promoveu no dia 27 de novembro, o Seminário de Autoavaliação e Planejamento Estratégico, no auditório do Espaço + Inovação da Unijuí.
O evento reuniu as coordenadoras do Programa, professoras Adriane Kolankiewicz, Fernanda Camera e Marília Krug, juntamente com docentes permanentes, colaboradores, representantes dos discentes dos cursos de Mestrado e Doutorado, egressos e profissionais dos serviços de saúde.
A discussão teve como eixo norteador os critérios de avaliação da área interdisciplinar da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com foco no impacto e formação dos egressos do PPGAIS, reforçando a importância de alinhar as ações do Programa às demandas da sociedade e ao avanço da ciência. Além disso, foram apresentadas as ações desenvolvidas e os indicadores do atual quadriênio (2021-2024) e a construção do planejamento estratégico para o próximo ciclo avaliativo (2025-2029).
Segundo a coordenadora do PPGAIS, professora Adriane Kolankiewicz, o Seminário representou um momento significativo de reflexão coletiva. “Foi uma oportunidade para identificar nossas fortalezas e fragilidades, além de discutir e planejar objetivos e metas para elevar o impacto científico e social do programa. O evento envolveu diferentes atores da comunidade acadêmica e dos serviços de saúde, promovendo uma análise dos indicadores e uma visão ampliada para os desafios futuros”, destacou.
Letícia Y Castro, que recentemente defendeu sua dissertação no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção Integral à Saúde (PPGAIS) da Unijuí, revelou em seu trabalho as dificuldades enfrentadas por pacientes com doenças crônicas na transição do cuidado do hospital para casa. A dissertação, orientada pela professora doutora Adriane Kolankiewicz, está alinhada ao terceiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, que busca garantir saúde e bem-estar para todos.
A pesquisa foi dividida em duas etapas e analisou a experiência de 166 pacientes, além de ouvir profissionais de saúde e gestores. Na primeira etapa, foram incluídos pacientes com doenças crônicas, maiores de 18 anos, que haviam sido internados por pelo menos 24 horas e receberam alta para casa. Dados sobre a saúde e a situação social foram coletados no hospital, e uma avaliação da transição do cuidado foi feita por telefone após a alta.
Os resultados mostraram que, de modo geral, a transição do cuidado foi vista de forma negativa pelos pacientes. Embora o preparo para gerenciar a própria saúde em casa tenha sido bem avaliado, outros aspectos importantes, como a compreensão das medicações e o plano de cuidados, receberam notas baixas. A pesquisa também indicou que homens e pessoas com maior escolaridade avaliaram melhor a transição, assim como aqueles que vivem em união estável.
Na segunda etapa do estudo, grupos de discussão com nove profissionais de saúde e gestores foram realizados para entender melhor esses desafios. Embora tenham reconhecido o bom preparo dos pacientes para o autogerenciamento, os profissionais apontaram falhas na preparação para a alta hospitalar e na comunicação entre a equipe médica e os pacientes.
Entre as estratégias sugeridas para melhorar a transição do cuidado estão: estimar a data de alta com antecedência; envolver o paciente e seu cuidador no planejamento do cuidado o quanto antes; utilizar prontuários eletrônicos para monitorar a alta; assegurar a presença ativa do médico na equipe e criar um documento de alta claro e unificado.
A conclusão do estudo é que, apesar dos esforços, ainda existem problemas significativos na transição do cuidado para pacientes com doenças crônicas. A complexidade dessas doenças e a falta de comunicação eficiente entre os envolvidos são grandes obstáculos. No entanto, a cocriação de estratégias junto aos profissionais de saúde mostrou ser um passo promissor para melhorar o cuidado contínuo desses pacientes.
A banca de defesa do trabalho foi composta pelos professores doutores Manoel Romero, da Universidade de Santiago de Compostela; Letícia Trindade, da Universidade Comunitária de Chapecó; e Christiane Colet, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais (PPGAIS) da Unijuí.
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