Qualidade de vida está ligada diretamente com o aumento da expectativa de vida da população. Neste contexto, a alimentação tem papel fundamental na promoção da saúde e a profissão do Nutricionista está sendo cada vez mais valorizada.
A alimentação deixou de ter papel apenas de saciar a fome, para assumir um papel de combate ao envelhecimento precoce, prevenção e tratamento de doenças crônicas, fortalecimento de sistema imunológico, detoxificação (processo para a eliminação de substâncias consideradas tóxicas ao organismo), aumento de massa e força muscular entre outros. Para atender a estas necessidades crescentes na sociedade e ligadas a saúde e ao bem estar é que o profissional de nutrição é capacitado.
“O nutricionista é o profissional que a partir de seu grande e profundo conhecimento dos nutrientes e suas combinações, pode promover o melhor aproveitamento deles pelo organismo, além de ajustar as quantidades e combinações ideais dos alimentos, que devem ser individualizadas, sempre, pois o que é adequado para um indivíduo, pode não ser para outro”, explica a coordenadora do curso de nutrição da UNIJUÍ, Adriane Huth.
Áreas de atuação
Embora a profissão tenha pouco mais de 70 anos, a carreira de nutrição teve um crescimento expressivo, especialmente nos últimos 20 anos. O interesse pela profissão tem aumentado, na medida em que a carreira tem conquistado reconhecimento e importância nas últimas duas décadas.
As áreas que concentram o maior número de oportunidades são a de nutrição clínica e saúde coletiva.e alimentação coletiva, embora novas áreas sempre estejam surgindo. Uma das áreas em expansão para o mercado de trabalho do nutricionista é a voltada para a reabilitação física.
No Consultório de Nutrição da UNIJUÍ este tipo de atendimento tem demanda crescente. “É um trabalho diferenciado, que requer adaptações, dedicação e busca constante de inovações. Trabalhamos com pacientes com paralisia cerebral, amputados ou que perderam o movimento. Eles necessitam de uma alimentação diferenciada para ganhar força muscular extra, a alimentação é tão importante quando a fisioterapia, fazendo um trabalho interdisciplinar para potencializar os resultados”, ressalta a nutricionista Daiana Dessuy Vieira.
“É um trabalho desafiador e que foge dos padrões de alimentação via oral. O Consultório acaba sendo um espaço para que os estudantes tenham vivências com outros aspectos e possibilidades da profissão, que não fica somente no que já é comum, que todos conhecem. No exemplo do grupo de disfagia, é necessário um aparato específico, não se pode usar as curvas normais, precisamos calcular tudo de forma personalizada, é um grande aprendizado. São necessários buscar outros meios de avaliar saindo do convencional onde aprendemos nas nossa graduação, é necessário ter amor naquilo que fizemos pois trabalhamos com vidas”, explica Daiana.
Para poder atender este público foram necessárias algumas adaptações na estrutura do consultório. Uma delas foi uma rampa que ajuda cadeiras de rodas a subir na balança.
Outro grupo que é atendido pelo consultório, cujo trabalho é realizado especialmente com os familiares, são de pessoas com disfagia (dificuldade de deglutição) que precisam seguir uma dieta bem específica.
Perspectivas para este profissional
Segundo dados do Conselho Federal de Nutrição, a área que concentra o maior contingente de nutricionistas é a nutrição clínica (spas, hospitais, clínicas e consultórios), com 41,7%, seguida da alimentação coletiva (empresas e restaurantes) com 32,2%. Há também nutricionistas atuando em ensino (docência), saúde coletiva, alimentação escolar, exército, marinha, penitenciárias, nutrição esportiva e indústria de alimentos, mas em percentual menos expressivo.