Estudo analisa os impactos do Auxílio Emergencial na economia da região Noroeste - Unijuí

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O auxílio emergencial de R$ 600,00 destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia da covid-19. Além do auxílio, está se tornando em instrumento de transferência de recursos federais para as regiões, que se transformam em investimento na manutenção da dinâmica de circulação de recursos na economia local.

De acordo com o Portal da Transparência, os dados oficiais revelam que o Noroeste Gaúcho, no período de abril a julho de 2020, recebeu o montante de R$ 184.141.800,00. Esta soma compreende as regiões Celeiro, Fronteira Noroeste, Missões e Noroeste Colonial, que foram a Região RF07. Respectivamente, para a região Fronteira Noroeste são R$ 42.806.400,00, Celeiro são R$ 35.139.600,00, Missões são R$ 66.294.600,00 e Noroeste Colonial são R$ 39.901.200,00.

Os dados são de estudo do professor Dr. Marcos Paulo Dhein Griebeler, do Mestrado em Desenvolvimento Regional da FACCAT (Taquara/RS), que coordena esta sistematização destas informações e do professor colaborador Dr. Pedro Luís Büttenbender, do Programa de Desenvolvimento Regional da Unijuí. “O Rio Grande do Sul recebeu nos 4 meses o montante de R$ 2.956.015.200,00. E, a região RF 07 ocupa, dentre as nove regiões funcionais de planejamento (RF), a sexta posição, com a participação de 6,23% do montante de recursos repassados pelo Governo Federal ao RS”, destaca o professor Marcos.

Na região os cinco municípios que tiveram os maiores repasses de recursos do Auxílio Emergencial nestes quatro meses foram: 1º) Ijuí com R$ R$ 20.549.400,00; 2º) Santo Ângelo com R$ 19.998.600,00; 3º) Santa Rosa com R$ 15.901.800,00; São Luiz Gonzaga com R$ 9.957.600,00; e Panambi com R$ 8.322.600,00. Estas cinco cidades receberam juntas o montante de R$ 74.730.000,00, ou seja, concentram 40,58% dos recursos do noroeste gaúcho. Neste montante não estão somados aos demais programas sociais como Bolsa Família, Seguro Desemprego, Aposentadorias e outros, transforma-se em um dos mais importantes investimentos na dinamização das economias regionais, e com investimentos públicos do estado brasileiro.

Segundo Pedro Luís Büttenbender “os números do Auxílio Emergencial, com montante de mais de R$ 184 milhões, é mecanismo de gestão para combater a fome e contribui para a manutenção da circulação de recursos na economia da região, se somando aos recursos básicos gerados na agricultura. Esta verba valoriza as economias locais porque a verba é para pagar as contas em seu respectivo município, com mercado, farmácia, posto de combustíveis, contas de água, luz e outros, comércio e outros. Ou seja, o auxílio passa pelas mãos do cidadão beneficiário e aquece o caixa e o bolso de todos na região”.

Acrescenta ainda que estes recursos, sem falar nos outros recursos públicos, vem para combater os efeitos negativos da pandemia iniciada na saúde e atualmente afeta vários outros setores. Estes recursos se somam aos movimentos inovadoras de valorização dos empreendedores locais, das cooperativas, dos negócios locais. “A nova dinâmica territorial do desenvolvimento requer incorporar práticas inovadoras de gestão, fomentando iniciativas empreendedoras e cooperativas, com uma capacitação estratégica das lideranças e suas organizações. O auxílio é emergencial e temporário. Mas o mesmo deve servir para despertar para o novo e superar a pobreza, que não é só econômica. O novo começa no local”, complementa.               

 


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