A pesquisa exploratória objetivou descrever e analisar o conjunto de atitudes, emoções e comportamentos no consumo de produtos e serviços de luxo de Santa Rosa.

O luxo tornou-se hoje um importante mercado em termos globais. Movimenta cifras consideráveis e se configura como uma fonte notável de atividade econômica, gerando empregos e renda, seja no seu comércio, seja na indústria. Esse mercado tem crescido significativamente nos mais diferentes locais, até mesmo em cidades do interior, como é o caso de Santa Rosa.

Diante disso, o estudante do Curso de Administração da UNIJUÍ, Vinicius Rigon Dorneles, realizou uma pesquisa exploratória que objetivou descrever e analisar o conjunto de atitudes, emoções e comportamentos no consumo de produtos e serviços de luxo de Santa Rosa. Realizado com 254 consumidores de produtos e serviços de luxo, ambos os sexos e diferentes faixas etária e classes sociais.

De acordo com o professor Luciano Zamberlan, orientador do estudo, ao se analisar o aspecto econômico, é possível identificar pelo menos três tipos de luxo, sendo eles o extremo, o intermediário e o acessível. “O luxo extremo é aquele que é formado por produtos e serviços acessíveis a poucos consumidores e é representado pelos setores de alta joalheria, alta-costura, transporte de elite (iates, aviões particulares, automóveis de alto valor), obras e objetos de arte. O luxo intermediário é composto por produtos de bom gosto que as pessoas aceitam pagar valores mais elevados devido a sua marca e aos significados e símbolos que eles carregam, onde se enquadram porcelanas e cristais, malas, bolsas, calçados de grife, malas, relógios de pulso, canetas, e a chamada moda prêt-à-porter, formada por marcas de roupas de alto status. O terceiro tipo de luxo, conhecido como luxo acessível, é representado por bens que são de valores não tão exorbitantes, no entanto, um pouco diferenciados do universo comum, tais como produtos para lazer, esportes, eletrônicos, vinhos e destilados, perfumaria e cosméticos. Assim, é possível perceber que este mercado de consumo também está presente em municípios como Santa Rosa”.

Com relação aos conhecimentos e crenças, os entrevistados concordam que os produtos de luxo devem ser necessariamente caros (61,4%), de alta qualidade (84,7%) e exclusivos (65,8%). Mais da metade dos pesquisados afirma que os produtos de luxo são usados para mostrar diferenciação social (57,8%) e que os consumidores tendem a adquirir produtos de luxo influenciados por outras pessoas (82,3%).

No que diz respeito às emoções e sentimentos com relação ao luxo, 75,2% afirma que o luxo está ligado a sonhos e desejos e 59,8% se sentem atraídos por produtos e serviços de luxo.

Ao avaliar as motivações para o consumo de luxo, 64,6% o fazem por acreditarem que são produtos de qualidade superior, 66,6% pelo fato dos produtos proporcionarem um bem estar aos consumidores, 44,5% bem estar que os produtos proporcionam. Chama atenção que 49,2% afirmam que tais produtos evidenciam o bom gosto que a pessoa tem e anda 44,5% concordam que esses transmitem uma imagem de sucesso.

De acordo com o estudante responsável pela pesquisa percebe-se que o sexo masculino tem uma visão diferenciação social que o sexo feminino. “Os homens compreendem que o luxo está ligado a ostentação, ele é sim um fator de diferenciação social e não deve ser acessível a um grande número de pessoas. Os homens entendem que o luxo deixa a vida mais bela e para as mulheres o luxo consiste mais na parte sentimental do que na material. As motivações que levam ao consumo de luxo, são a qualidade elevada dos produtos, a tecnologia que eles possuem e por serem inovadores”.

O estudo traz ainda muitos outros dados e os resultados que demonstram as percepções das pessoas com relação ao mercado do luxo e que ajudam a explicar as razões que tornam esse segmento tão representativo do ponto de vista do consumo.