UNIJUÍ realiza pesquisa sobre perfil das pessoas quanto ao hábito de fotografar - Unijuí

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Acadêmica do Curso de Administração realiza trabalho de conclusão de curso direcionado a compreender o mercado consumidor e fornecedor de produtos e serviços fotográficos de Santa Rosa.

A fotografia objetiva registrar um determinado momento no tempo e espaço, e ajuda a compreender como ocorre a evolução das pessoas e dos fatos ao longo dos anos. Antes mais restritas aos estúdios fotográficos, atualmente este hábito de fotografar se popularizou, principalmente pelo acesso a equipamentos mais sofisticados e a preços mais baixos e, principalmente, pela disseminação da tecnologia de celulares, que também incluem a possibilidade de registrar fotos.

Buscando compreender o mercado fotográfico, a aluna do Curso de Administração da UNIJUÍ, Câmpus Santa Rosa, Carmem Frederich, realizou seu trabalho de conclusão de curso direcionado a compreender o mercado consumidor e fornecedor de produtos e serviços fotográficos de Santa Rosa. Para isso ela entrevistou 400 pessoas, sendo que um dos objetivos foi de identificar alguns atributos e motivações dos consumidores do mercado fotográfico, bem como o próprio comportamento deles no que diz respeito à fotografia e à publicação desses registros em mídias sociais.

A pesquisa revelou que 84,2% dos entrevistados o significado da fotografia é de efetuar registros para efeitos de lembrança, sendo que para 60,4% é uma forma de arte. Outro dado apontado é que a maioria das pessoas não costuma mais revelar as fotos que registra, 59% armazena as fotos somente no computador. Já 18,1% buscaram se qualificar quanto às técnicas de fotografia.

A possibilidade de publicação desses registros na internet também contribuiu para que a fotografia digital tivesse um novo tipo de finalidade, que atrairia mais atenção para as pessoas. Nesse sentido, 88,4% dos entrevistados afirmou já ter feito postagem de fotos com amigos, 77,2% de locais onde a pessoa esteve, 73,7% disseram ter postado fotos momentos felizes vivenciados pela pessoa e 68,8% das pessoas já publicaram fotos tiradas por elas próprias de si, as chamadas selfies. Além disso, 25,5% das pessoas afirmaram que já tiveram fotos suas que consideram constrangedoras e que foram publicadas por outras pessoas sem autorização prévia e 13,6% tiverem problemas em seu relacionamento em função de fotos publicadas em mídias sociais. Já 23,1% dos entrevistados disseram ter postado fotos sensuais em com o intuito de seduzir e 67,1% publicaram fotos antes de saírem para alguma festa.

Outro dado que chamou atenção na pesquisa realizada foi de que 36% das pessoas costumam publicar fotos de produtos que adquirem e utilizam. De acordo com o professor do Curso de Administração Luciano Zamberlan, orientador da pesquisa, esse dado evidencia traços do chamado “consumo conspícuo”. “Esse termo é utilizado para descrever o desejo de algumas pessoas de apresentar evidências marcantes de sua capacidade e/ou acesso a certos bens ou serviços”. Zamberlan destaca que os produtos e suas respectivas marcas carregam em si uma determinada simbologia e que ajuda a dizer algo sobre seus proprietários, ajudando a definir a própria identidade de muitas pessoas.

As redes sociais mais utilizadas para postar fotos são o Facebook (95,3%), seguida pelo Whatsapp (51,5%) e Instagran (30%). Em média os entrevistaram afirmaram tirar 40 fotos por mês, sendo e 10 delas são postadas em redes sociais. Quanto aos equipamentos utilizados para fotografia, a média de valor gasto na compra de câmeras fotográficas ficou em R$ 949,84. Na média de valores gasto na compra do celular entre os consumidores é de R$ 863,77. A publicação completa com todos os dados da pesquisa será disponibilizada a partir do mês de agosto.


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