Evento discute ações para viabilização de usina de biogás na região
Discutir e buscar soluções para os dejetos de animais, ou de outras fontes, que podem ser transformados em energia limpa, eficaz e sustentável foram os principais objetivos do Seminário ‘Estratégias para a geração de energia limpa na região – Biogás’, realizado na UNIJUÍ na manhã de quinta-feira, 3.
O evento reuniu representantes de diversos cursos da Universidade, prefeito municipal Fioravante Ballin, representantes da Ceriluz e Demei, além dos pesquisadores Mario Coelho, da Ecoterrabio e do alemão Jens Geisdorf, da DBFZ, da Alemanha. O encontro se deu para alinhavar uma agenda positiva entre as entidades para tocar um acordo de cooperação entre Brasil e Alemanha, com ação específica para a região sul do país, com vistas a utilização de dejetos para a produção de biogás.
O professor do Departamento de Estudos Agrários, Dagmar Camacho, relembrou a trajetória do projeto, que nasceu em 2008, depois do diagnóstico do Ministério de Meio Ambiente de que a região noroeste é a mais poluída no Estado por dejetos suínos. “Tivemos uma preocupação acadêmica de buscar soluções e nossa primeira ação foi em conjunto com a Embrapa, para transferir de líquido para sólidos os dejetos, para serem usados como fertilizantes. Posteriormente, surge o Biogás como uma alternativa, então se criou um grupo, que reúne três instituições alemãs, quatros universidades (UNIJUÍ, Univates, UFRGS e UFSM), além da Prefeitura e o Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisa), para que se abre novas frentes de ação”, contextualizou o professor.
A Vice-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Evelise Berlezi, afirma que o seminário foi o pontapé inicial para a construção de uma agenda positiva. “Um projeto deste porte, com o apoio destes segmentos aqui representados, que une universidade, setor público e privado, com certeza terá credibilidade para o aporte de recursos e seu funcionamento efetivo”.
Geisdorf contou que na Alemanha foi desenvolvido um projeto que conseguiu juntar todos os níveis . “Conseguimos mostrar parcerias fortes e agregamos recursos locais para o desenvolvimento do projeto, isto é um ponto muito positivo, de reunir lideranças locais para discutir o assunto”, afirmou Geisdorf.
As sugestões de ação tiradas do encontro foram da discussão da criação de um laboratório para a análise tanto da matéria prima, como da qualidade do gás produzido; conversa com a Federação das Cooperativas de Energia Elétrica para aproximação e possibilidade de aporte de recursos; aproximação com pesquisadores que discutem alternativas semelhantes em Itaipu, entre outras.