Teve início, nesta semana, as atividades da 19ª turma do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade. A Residência é desenvolvida pela Unijuí, em parceria com a Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (Fumssar), com duração de dois anos, focados na atuação na Atenção Primária em Saúde e Hospitalar.
Nesta turma, 10 novos médicos ingressaram. Quatro vão atuar no Sistema Único de Saúde (SUS) de Ijuí e os demais vão ingressar no Sistema de Saúde de Santa Rosa, em especial nas Unidades Básicas de Saúde da Família (USFs), ambulatórios de especialidades, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), CAPS, CAPS-AD, CAPS-IJ, no Sistema Prisional, CER, CEREST, Ambulatório de Geriatria, Melhor em Casa e SAE.
Ao todo, os profissionais têm carga horária total de 5.760 horas, distribuídas em 60h semanais. Do total, 20% será dividido em atividades teóricas e 80% em atividades práticas. Nesta semana, os novos residentes começaram a atuar. Também participaram de um encontro de boas-vindas com o vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, professor Daniel Knebel Baggio.
De acordo com a coordenadora da Residência, a professora Fernanda Ginjo dos Santos, é uma alegria para a Unijuí em formar profissionais qualificados para atuarem no Sistema Único de Saúde. “Esse trabalho traz um benefício enorme para a saúde pública dos dois municípios, pois qualificamos e habilitamos os profissionais para trabalhar nas UBSs, oferecendo saúde de qualidade para os usuários e é a população quem sai ganhando”, destaca.
Fernanda comenta que é fundamental formar profissionais para que a saúde pública, em especial a atenção básica, seja resolutiva, que consiga resolver mais de 80% de todas as demandas.
Preceptora do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade da Unijuí em Ijuí e médica de Família e Comunidade da ESF 6 Thomé de Souza, Júlia Mallmann, salienta que a Residência é reflexo do compromisso da Universidade e dos municípios envolvidos com a saúde de qualidade. “Este é um indicativo da crescente preocupação com a formação de profissionais capacitados para o atendimento em áreas que demandam atenção contínua, como a Medicina de Família e Comunidade. “
Ela ressalta que a Medicina de Família e Comunidade é uma especialidade que se destaca pela abordagem humanizada e integral dos pacientes, na qual o médico tem a capacidade de acompanhar as pessoas em todos os ciclos de suas vidas. “Por isso, essa Residência é essencial para suprir a demanda crescente por profissionais qualificados que compreendam as necessidades de saúde locais, promovendo a integração dos serviços e diminuindo as lacunas no atendimento médico”, comenta. Segundo ela, a expectativa é que, ao final do curso, os médicos contribuam de forma decisiva para a melhoria da saúde da população local.
O Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade tem como objetivo formar um especialista para atuar prioritariamente na Atenção Primária à Saúde. Sua ação deve ser qualificada e resolutiva na área clínica e ele deve estar apto para atuar em equipe multidisciplinar e desenvolver habilidades para atuar na saúde coletiva. O programa busca formar um profissional capaz de manejar problemas de saúde individuais e de comunidade, baseado em metodologias apropriadas e no conhecimento científico com ênfase no método epidemiológico, bem como desenvolver, planejar, administrar, executar e avaliar as atividades de saúde.