Com o objetivo de debater ações de reconstrução do Rio Grande do Sul, a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) e o Conselho Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia criaram grupos de trabalho compostos por integrantes do Sistema Gaúcho de Ciência, Tecnologia e Inovação que devem propor projetos multidisciplinares, dentro das temáticas elencadas.
Os grupos de trabalho estão divididos em quatro eixos: Emergencial, Reconstrução, Rio Grande do Sul do Futuro e Mapeamento de Oportunidades e Recursos. O professor da Unijuí, Fernando Jaime González, está integrando o Conselho representando as universidades do interior do RS e avaliou a presença das Instituições de Ensino Superior no Conselho. “Entendo ser muito importante que o conjunto de decisões que passam pelo Conselho tenha sempre o parecer das instituições universitárias que impulsionam o desenvolvimento científico e tecnológico no interior do estado, dado o papel fundamental que essas instituições cumprem em suas regiões”, destacou.
Segundo o professor, a contribuição das Universidades interioranas do Estado são fundamentais para o desenvolvimento de ações de enfrentamento à calamidade. “A contribuição das universidades do interior é essencial, pois essas instituições possuem expertise e recursos que podem ser mobilizados para auxiliar nas ações de enfrentamento e reconstrução. As universidades oferecem suporte técnico, pesquisa aplicada e desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelas comunidades afetadas”.
González pontuou que as Universidades Comunitárias estão atuando desde o primeiro momento da calamidade. “Algumas, por estarem nas zonas diretamente afetadas, estão cumprindo papéis vitais no enfrentamento emergencial, alojando desabrigados, garantindo alimentação, atenção à saúde e outros serviços essenciais. Outras, como é o caso da Unijuí, que não está em uma área diretamente afetada pelas enchentes, têm se engajado em ações solidárias, como arrecadação de doações e divulgação de informações importantes para a população afetada”.
O professor destacou ainda que a participação das universidades no processo é crucial para garantir que as decisões sejam baseadas em conhecimento científico e tecnológico, e que as soluções implementadas sejam sustentáveis e eficazes a longo prazo. “O Rio Grande do Sul necessita se reerguer desta catástrofe, mais solidário, comprometido com a agenda ambiental e orientado pela ciência em suas decisões de reconstrução”, finalizou.