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Curso de Jornalismo da Unijuí ensina como identificar uma notícia falsa

A circulação de desinformação, popularmente conhecida como “fake news”, é um fenômeno comum na internet. Segundo dados de uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva e obtida pela Agência Brasil, quase 90% da população brasileira admite já ter acreditado em algum tipo de conteúdo falso. Esses episódios ficam mais recorrentes, especialmente, durante momentos em que a sociedade está enfrentando algum desafio ou está preocupada com o bem coletivo, como durante a pandemia da Covid-19 e em períodos eleitorais, por exemplo.

Neste momento em que o Rio Grande do Sul enfrenta sua maior tragédia com 469 municípios afetados pelas enchentes e 2,3 milhões de pessoas diretamente afetadas, não está sendo diferente. Muitas informações falsas foram divulgadas confundindo a população e aumentando a sensação de insegurança.

De acordo com a professora do curso de Jornalismo da Unijuí, Danieli Hartmann Antonello,  a falta de ética na produção visa escandalizar o público. “Quem produz fake news não tem o menor cuidado com a ética ou com o impacto que conteúdos que espalham desinformação podem ter na vida das pessoas, especialmente, em momentos delicados como o que estamos vivenciando no Estado”, destacou pontuando que o trabalho dos jornalistas difere do que é mostrado em notícias falsas. “Nós trabalhamos com a apuração dos fatos e buscamos identificar acontecimentos que são importantes e relevantes para serem transmitidos para o público”.

Neste sentido, existem alguns métodos jornalísticos que auxiliam na identificação de notícias falsas. Primeiramente, é importante se questionar sua origem, se foi encaminhada por algum amigo, parente/conhecido ou se é de um veículo confiável ou fonte oficial. Além disso, a professora Danieli, contribui com outras dicas que estão relacionadas a produção e a qualidade desse conteúdo, em elementos que apresentam baixa qualidade e são um sinal de alerta de fake news. 

“Analise a relação do título com o restante do material. Fique atento a qualquer discrepância entre texto e manchete, imagens e legendas. O cuidado com a escrita, com a edição de som e qualidade de imagem é algo presente na rotina de quem produz uma notícia. Se a matéria que você está consumindo tem muitos problemas gramaticais, a imagem aparece borrada ou distorcida, pode ser  falsa”, explicou.

Outro passo para essa verificação é colocar o título da matéria no buscador do Google e olhar se os resultados de veículos confiáveis são os mesmos da informação recebida. A professora do curso de Jornalismo da Unijuí, Gisele Noll indica o trabalho de agências de checagem para auxiliar nessa verificação. “Você pode utilizar ainda agências que trabalham somente checando fatos como a "Aos Fatos" e a "Agência Lupa" e deixar que outros profissionais façam a checagem por você. Provavelmente alguém já notou a desinformação em uma notícia e divulgou isso na internet”, finalizou.

Por: Keila Rosa, estagiária de Jornalismo da Usina de Ideias.


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