Enchentes no RS: saiba como se prevenir das doenças mais comuns - Unijuí

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O Rio Grande do Sul está enfrentando a maior enchente da sua história, onde mais de 1,3 milhão de pessoas foram afetadas. Com a prioridade de salvar vidas, alguns cuidados podem ser esquecidos, como, por exemplo, ações preventivas contra doenças causadas através do contato com a água, lama ou alimentos contaminados pelas enchentes, além de animais peçonhentos.

Entre as principais doenças estão: leptospirose, tétano, hepatite A, doenças diarreicas, acidentes com animais peçonhentos. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) do Rio Grande do Sul está divulgando um guia para a população e profissionais de saúde sobre os riscos e cuidados em situação de enchentes. Confira informações sobre estas doenças: 

Leptospirose: Doença bacteriana encontrada na urina do rato e que pode entrar pela pele humana quando há contato com a água contaminada, como no caso das enchentes, onde a bactéria pode entrar no corpo através de cortes ou arranhões ou através dos olhos, nariz ou boca. Por isso, cubra os cortes ou arranhões com bandagens à prova d’água, não ande descalço, use luvas e sapatos impermeáveis.

Observe os sintomas como febre, dor de cabeça, dor muscular, principalmente nas panturrilhas, falta de apetite, náuseas/vômitos. A Secretaria Estadual da Saúde recomendou o tratamento preventivo para situação de alto risco. Ou seja, para os voluntários e equipes de resgate que estão entrando nas regiões de cheia.

Hepatite A: Doença causada por um vírus que pode ser transmitido pela ingestão de água ou alimentos contaminados com esgoto/dejetos humanos, o que ocorre durante as enchentes. Por isso, fique atento ao período médio de incubação, que é de 4 semanas, e aos sintomas, que podem aparecer entre 15 e 45 dias após o contato. Muitas pessoas podem não apresentar sintomas, sendo mais frequente à medida que aumenta a faixa etária.

Observe os sintomas da doença como mal-estar, prostração, febre, mialgia, náuseas, vômitos e icterícia (pele e olhos amarelados). Vale lembrar que a vacina Hepatite A está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

Acidentes com animais peçonhentos: Durante eventos com excesso de chuvas, pode haver o desalojamento de alguns animais, como aranhas, serpentes, escorpiões e lacraias que irão buscar locais secos. Fique atento aos ambientes usados como esconderijo para estes animais, como: locais com entulhos, empilhamento de madeira, tijolos, telhas e na remoção da lama.

Lave o local da ferida com água e sabão, e mantenha a vítima sentada ou deitada. Se a ferida for na perna ou no braço, mantenha-os em posição mais elevada. Leve a vítima ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber atendimento. Não amarre e não corte o local da ferida.

Tétano acidental: Pode ocorrer pela contaminação de ferimentos de pele ou em mucosas, com terra, poeira, fezes de animais ou humanas que contenham esporos da bactéria que ocasiona a doença. O contato com entulhos e destroços durante os desastres podem provocar lesões na pele e, consequentemente, o adoecimento por tétano acidental. Então, fique atento ao período de incubação, que varia em média de 3 a 21 dias, não ande descalço, use luvas e sapatos impermeáveis.

Também observe os sintomas como febre baixa, dificuldade de deglutição, hipertonia muscular, hiperreflexia, espasmos e contraturas musculares generalizadas, com o paciente lúcido.

Doenças diarreicas: São causadas por bactérias, vírus e parasitas encontrados nos microrganismos presentes nos esgotos e nas fezes de animais. Durante as enchentes e inundações, os microrganismos presentes em esgotos podem se misturar à água e à lama das enxurradas, além de contaminar alimentos, utensílios e louças. 

A orientação é para manter a hidratação e evitar o consumo de água de fontes não confiáveis. Observe os sintomas como a presença de diarreia (aquosa, com muco ou sangue), mal-estar geral, dor abdominal, náusea, vômito e febre.

Clique aqui e acesse o guia completo com todas as informações. 


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