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Unijuí proporciona ambiente de trabalho inclusivo multicampi

A inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho é um tema presente nas discussões sobre igualdade e diversidade no ambiente corporativo. A valorização da diversidade é um passo fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária. 

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022, o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência, com idade igual ou superior a dois anos, número que representa 8,9% de toda a população do país.

Em 1991, o Governo Federal sancionou a Lei Nº 8.213, mais conhecida como a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência. A legislação determina que empresas com mais de 100 colaboradores contratem progressivamente PCDs, da seguinte forma: de 101 a 200 funcionários, 2% deste número de funcionários; de 201 a 500 funcionários, 3% deste número de funcionários; de 501 a 1000 funcionários, 4% deste número de funcionários; e acima de 1000 funcionários, 5% do número total de colaboradores. 

Na Unijuí, 4% dos profissionais possuem algum tipo de deficiência. Segundo o gerente da Coordenadoria de Gestão de Pessoas, José Luis Bressam, a Universidade iniciou o trabalho de inclusão nos campi há mais de 10 anos. “Inicialmente foi um desafio conseguir suprir as vagas, mas sempre apostamos nas pessoas que desejam compor o nosso quadro corporativo. Mas hoje, como fizemos uma boa divulgação, temos uma oferta maior do que a necessidade da Instituição”, explica o gerente. 

Para a Unijuí, gerar um ambiente inclusivo vai além de cumprir a legislação. “Temos diversos profissionais em atuação e acreditamos que isso é importante para todas as organizações. Estamos cumprindo a cota, mas em alguns momentos temos colaboradores para além do número especificado por Lei, pois entendemos que é uma oportunidade que podemos conceder. Também tentamos incluir na equipe estudantes que possuem alguma deficiência, visto que é uma maneira de incentivá-los”, diz Bressam. 

É o caso da secretária do curso de Pós-Graduação em Modelagem Matemática e Computacional, Laura Mensch Pereira, egressa do curso de Ciências Biológicas e mestre em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade. Laura possui deficiência física, e sua história profissional na Unijuí iniciou há sete anos, como técnica de laboratório, logo após o fim da graduação. 

Para Laura, sua adaptação como técnica na Instituição foi tranquila e sem dificuldades, o que difere da sua visão do mercado de trabalho, de forma geral. “Na Unijuí, já vinha com a minha experiência da adaptação acadêmica, em termos de condições físicas de trabalho. Tudo foi adaptado para as minhas necessidades e para facilitar o meu dia a dia. Na Instituição não enfrentei dificuldades, pois sempre tive incentivo e apoio. Mas percebo que no mercado de trabalho as vagas destinadas a pessoas com deficiência são meramente para cumprir cotas impostas pela Lei. Muitas vezes são oportunidades que não valorizam as qualificações e toda trajetória de educação, aperfeiçoamento e profissionalização”, enfatiza Laura. 

Para melhor receber os profissionais e até mesmo estudantes que possuem algum tipo de deficiência, a Instituição realiza cursos de capacitação, como o de Língua Brasileira de Sinais (Libras), além de reuniões para facilitar a comunicação e adaptação.

Há nove anos, Cristian Rafael de Paula trabalha na Unijuí. Ele possui deficiência auditiva e iniciou na Instituição como técnico administrativo na Biblioteca Mario Osorio Marques. Cristian conta que foi bem recebido por todos. “Meus colegas realizaram o curso de Libras e, assim, fomos desenvolvendo a comunicação. Eles foram responsáveis por me mostrar como funciona a área dos livros e o trabalho. Mas eu ainda precisava me comunicar com os estudantes para realizar o atendimento, então, de qual forma eu faria isso? Escrevendo”, conta Cristian. 

Durante o período em que estava trabalhando na Biblioteca, Cristian iniciou a graduação no curso de Design, durante esse período ele realizou um estágio na coordenadoria de marketing da Universidade e, há um ano, foi realocado para o setor da Educação a Distância, onde atua como designer. Para ele, a Unijuí tem um papel fundamental no seu desenvolvimento profissional. “A Instituição é muito importante na minha jornada, no que venho desenvolvendo e construindo na minha carreira. Me sinto emocionado por participar da história da Unijuí”,  disse o designer.

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma oportunidade para as empresas se beneficiarem das habilidades e talentos únicos que esses profissionais podem oferecer. Pessoas com deficiência possuem diferentes perspectivas e experiências de vida, o que pode contribuir para a inovação, a criatividade e o desenvolvimento de soluções mais abrangentes.

Uma instituição que trabalha com a inclusão avança em diversos setores, inclusive na aprendizagem. “Entendemos que a Unijuí criou um importante espaço para a inclusão, e que isso possibilita novos conhecimentos para todos. Nosso principal objetivo está em criar condições de integração, para que cada pessoa possa se desenvolver, socializar e demonstrar seu potencial”, finaliza Bressam. 


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