Na tarde desta sexta-feira, 7 de julho, uma comitiva composta por professores e técnicos administrativos e de apoio da Unijuí esteve no município de Cruz Alta, junto à Unicruz, onde aconteceu a quarta audiência pública da Comissão Especial das Universidades Comunitárias do RS, da Assembleia Legislativa do Estado, que teve o objetivo de debater o papel das universidades comunitárias e a facilitação do acesso ao ensino superior. O evento recebeu representantes das quatro instituições localizadas nas regiões Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul: Unijuí, Unicruz, URI e UPF, além de lideranças dos municípios em que estão instaladas.
À frente da audiência esteve o presidente da Comissão Especial, deputado Rafael Braga, que recebeu, na mesa principal, a reitora da UPF e vice-presidente do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas, Bernadete Dalmolin, que esteve representando a presidência do Comung; a reitora da Unijuí e tesoureira do Comung, professora Cátia Maria Nehring; o reitor da Unicruz, Fábio Dal Soto; o reitor da URI, Arnaldo Nogaro; a prefeita de Cruz Alta, Paula Facco Librelotto; e o presidente do DCE da Unijuí, que esteve representando os estudantes, Evandro Tatim.
Conforme explicou o deputado Rafael Braga, a Comissão Especial das Universidades Comunitárias Gaúchas é uma das três formadas no Legislativo do Estado, que tem o prazo de quatro meses para desenvolver seus trabalhos e gerar um relatório. “O objetivo desta audiência não é apenas cobrar aquilo que já está na Constituição Estadual, no artigo 201, que prevê a destinação de 0,5% da receita líquida de impostos próprios para a educação superior pública e comunitária. Estamos lutando por bolsas de estudos, sim, mas também contra a extinção do ensino que vocês promovem em suas cidades, em suas regiões”, afirmou.
Reitora da UPF e vice-presidente do Comung, a professora Bernadete Dalmolin destacou que este é um momento de mobilização e de esperança para as universidades comunitárias, que querem garantir um ensino de qualidade e um acesso ao ensino superior mais amplo à população.
“Nossas 14 universidades comunitárias gaúchas abarcam mais de 153 mil estudantes e 7 mil docentes envolvidos em ensino, pesquisa e extensão, que nos ajudam a ter a maior rede de pesquisa do Estado. Contamos com mais de 9 mil técnicos administrativos, oferecemos 896 cursos de graduação e desenvolvemos 3.860 projetos de pesquisa, que geram conhecimento e conexões entre as diferentes áreas do saber, na busca por soluções para as questões mais complexas da sociedade”, exemplificou a reitora, lembrando que as instituições ainda concentram 13 incubadoras tecnológicas, 11 centros de inovação e 8 parques científicos tecnológicos, que fomentam a criatividade e o empreendedorismo.
Além de destacar a força que tem o Comung em todo o Estado, o reitor da Unicruz, professor Fábio Dal Soto, destacou a força que têm as universidades comunitárias em suas regiões, contribuindo para o desenvolvimento. “Não estamos aqui de passagem. Nossas universidades foram forjadas pelas pessoas que nos antecederam. Não alugamos uma peça no centro da cidade para oferecer cursos. Estamos aqui após o movimento de nossas comunidades e, desde então, contribuímos para o desenvolvimento dos nossos municípios. É impossível pensarmos em Cruz Alta sem a Unicruz, e isso acontece com as demais cidades onde há campus da URI, da Unijuí e da UPF”, disse.
Todas as discussões da tarde farão parte do relatório da Comissão Especial. “Este foi mais um dia em que discutimos o papel das universidades comunitárias a partir da união da Unijuí, UPF, Unicruz e URI. Foi um momento que envolveu diferentes segmentos da comunidade e onde repactuamos o conceito de universidade comunitária e o seu papel a partir da educação para o desenvolvimento das nossas regiões. Por meio de números, de dados, de depoimentos, reforçamos a nossa atuação e marcamos a nossa luta pelo meio por cento, garantido na Constituição Estadual”, destacou a reitora da Unijuí, professora Cátia Maria Nehring.