Aberto o III Seminário Regional de Justiça Restaurativa de Ijuí na Unijuí - Unijuí

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Aconteceu na noite desta terça-feira, 20 de junho, a abertura do III Seminário Regional de Justiça Restaurativa de Ijuí, junto ao Salão de Atos da Unijuí. O evento, que segue nesta quarta-feira, é uma realização da Universidade, Secretaria Municipal de Educação (Smed) e Programa Municipal de Justiça Restaurativa de Ijuí, e conta com apoio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) e Ministério Público do RS. 

Antes da palestra da noite, foi realizada a solenidade de abertura, que contou com a presença da coordenadora do Programa Municipal de Justiça Restaurativa, Josiane Fagundes; da juíza de Direito, Maria Luiza Pollo Gaspary; da vice-reitora de Graduação da Unijuí, professora Fabiana Fachinetto; e do secretário municipal de Educação, Cláudio de Souza, que no evento esteve representando o prefeito, Andrei Cossetin.

A coordenadora Josiane Fagundes destacou que a Justiça Restaurativa já é uma realidade no município, sendo, inclusive, uma política pública, instituída por meio da Lei Municipal nº 6.887 de 27 de dezembro de 2019, que tem como objetivo tornar a comunidade, e principalmente as escolas, restaurativas. “Algo que acontecerá por meio de uma mudança cultural e social. Com a Justiça Restaurativa, buscamos implementar a cultura da paz nas relações sociais, transformando a sociedade por meio do uso de práticas restaurativas”, destacou, lembrando que o conselho de gestão do Programa Municipal conta com diversas instituições, a exemplo da Unijuí.

Juíza de Direito, Maria Luiza Pollo Gaspary reforçou que não há lugar mais democrático que o ambiente escolar, nem mais propício para mudanças. “A escola é um espelho da sociedade em que vivemos, e os desafios, as demandas que surgem da convivência não diferem daqueles encontrados fora da escola. Por isso, precisamos pensar em formas de prevenir, de ressignificar os conflitos, e a Justiça Restaurativa tem um importante papel nesse enfrentamento”, comentou.

A vice-reitora de Graduação, professora Fabiana Fachinetto, lembrou que as discussões acerca da Justiça Restaurativa nasceram na Unijuí, por volta do ano de 2013, quando o primeiro curso voltado à temática foi ofertado. “A Justiça Restaurativa começou a ser trabalhada a partir de um projeto de extensão realizado nas escolas, onde percebemos a dificuldade de diálogo entre estudantes e entre alunos e professores. Foi então que começamos a buscar parcerias para fortalecer essa alternativa à resolução de conflitos. Felizmente, vemos que Justiça Restaurativa ganhou uma grande dimensão no Município, se transformando numa política pública que necessita de momentos de formação, como este seminário, para que possa ser praticada”, afirmou.

Para fechar, o secretário Cláudio de Souza falou sobre os desafios da implementação da Justiça Restaurativa. Falou da necessidade de a comunidade querer esse projeto, essa mudança nas relações, e da necessidade de se estabelecer parcerias para que haja avanços. “É importante também falarmos da importância da Justiça Restaurativa para a educação, especialmente no pós-pandemia. Nós reencontramos o ambiente escolar com situações adversas e, num primeiro momento, focamos em fortalecer a aprendizagem. No entanto, de nada adianta a aprendizagem se não pensarmos num ambiente propício para ela. E a Justiça Restaurativa, neste sentido, tem um papel fundamental ao oferecer espaços diferenciados, dentro das escolas, através de práticas restaurativas, de círculos de paz, para a resolução de conflitos”, completou.

A palestra, realizada na sequência, teve como tema a “Comunicação não violenta: uma jornada da empatia à compaixão” e foi ministrada pelo escritor e facilitador Jeferson Cappellari.

Hoje, o evento teve início pela manhã, com oficinas, que tiveram sequência à tarde.  Durante a noite, serão realizadas duas palestras: a primeira, às 19h, terá como temática “Círculos de Construção de Paz em Movimento: construindo o coração da esperança”, com Cristiane Holanda. Mais tarde, às 21h, será realizada a palestra “Para além dos círculos: práticas restaurativas como instrumento pedagógico”, a cargo de Carla de Sampaio Grahl. 


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