Na tarde desta quarta-feira, 26 de abril, foi realizado o primeiro encontro do Programa de Formação Docente, promovido pela Vice-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (VRPGPE), Núcleo de Inovação Pedagógica (NIP) e Vice-reitoria de Graduação (VRG). O evento foi realizado no Salão de Atos do campus Ijuí, contando com transmissão para os demais campi da Universidade.
Conforme destacou o vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí, professor Fernando Jaime González, há diversos temas que podem ser discutidos durante a formação de professores, e muitos deles ainda serão fontes de discussão nos próximos encontros. Mas, nesta primeira formação, optou-se por se fazer um recorte, chamando a atenção para “Os Direitos Humanos no cenário da guerra na Ucrânia”.
Para falar sobre o tema foi convidado o mestre em Ciência Política e embaixador da Ucrânia no Brasil, Rostyslav Tronenko, que abordou a perspectiva histórica da Ucrânia desde os tempos medievais até a independência; a definição dos direitos humanos e as três vertentes de proteção internacional dos direitos humanos; e que falou sobre como os ucranianos entendem a situação atual do conflito. Sua participação foi online, com mediação do coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Unijuí, professor doutor Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth.
“Com suas ações criminosas, a Rússia violou a Carta das Nações Unidas, normas e princípios fundamentais do Direito Internacional Público nas suas três vertentes: Direitos Humanos, Direito Humanitário e Direito dos Refugiados, além de vários tratados bilaterais e multilaterais”, destacou o convidado, lembrando que a Ucrânia, na década de 1990, chegou a abrir mão do terceiro maior arsenal atômico do mundo, em benefício da Rússia, para garantir que o país não fosse atacado e suas fronteiras respeitadas.
Mais de 8,5 mil civis morreram e outros 14 mil ficaram feriados desde o início da guerra entre Ucrânia e Rússia, de acordo com estimativas publicadas pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, neste mês. Os números são imprecisos e representam apenas a ponta do iceberg de mortos, conforme informou a Organização das Nações Unidas. A cifra é reconhecidamente subnotificada, sendo que a maior parte das vítimas morreu em ataques com armas explosivas.