O campus da Unijuí em Santa Rosa foi sede nesta quarta-feira, 29 de março, do Pré-Congresso Internacional em Saúde. O evento foi promovido pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, pelo Programa de Residência em Medicina da Família e Comunidade, pelos cursos de graduação da área da saúde e pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção Integral à Saúde, em parceria com a Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (Fumssar).
O Pré-Congresso antecede o 10º Congresso Internacional em Saúde, que será realizado entre os dias 16 e 19 de maio, no modelo híbrido, com atividades online e também presenciais no campus de Ijuí. As inscrições, para participantes e para submissão de trabalhos, estão abertas e podem ser realizadas pelo endereço unijui.edu.br/eventos.
“O Pré-Congresso tem como objetivo promover o debate e atualizar os conhecimentos dos participantes na área da saúde, além de também divulgar a 10ª edição do Congresso Internacional em Saúde, que terá como tema central o Empreendedorismo e a Inovação”, destacou em sua fala inicial a coordenadora do evento, professora Marilei Pletsch.
Foi exatamente a partir deste tema que a programação do Pré-Congresso foi pensada, a fim de apresentar o que está sendo disponibilizado na rede pública de saúde de Santa Rosa, bem como possibilidades de cuidado em saúde que estão sendo estudadas. Nessa linha, foi promovida a palestra central com a temática “Plantas medicinais e fitoterápicos como inovação e tecnologia em saúde”, a cargo do Grupo de Pesquisa Plamedic da Universidade.
Coordenadora do grupo, a professora doutora Christiane Colet destacou que um dos principais objetivos da pesquisa é pensar nas plantas e nos fitoterápicos como alternativas de tratamento para os pacientes. “Queremos que as pesquisas realizadas possam se tornar tratamentos, disponíveis aos pacientes da Atenção Básica nas unidades de saúde”, explicou a professora, lembrando que o País possui uma imensa diversidade de plantas medicinais com funções farmacológicas, que podem ser estudadas e aproveitadas.
“O uso de plantas e de fitoterápicos está na nossa cultura. No entanto, como profissionais de saúde, precisamos ter cuidado porque as plantas também causam efeitos colaterais. Elas podem ser utilizadas como uma alternativa ao tratamento alopático, ou mesmo de forma complementar, mas isso precisa ser feito de forma racional. Precisamos avaliar a segurança, a eficácia, a dose correta, e para isso precisamos de pesquisas”, reforçou Colet, lembrando que considera-se planta medicinal qualquer planta, seja ela verde ou seca, que tenha alguma propriedade medicinal. São considerados fitoterápicos, por sua vez, os produtos feitos a partir destas plantas e que já tenham uma apresentação comercial - caso do xarope de guaco.
Para fechar o Pré-Congresso, foi realizada a Mostra de Inovações em Saúde: experiências de Santa Rosa, onde foram apresentados quatro projetos: Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde e Curso Técnico de Vigilância em Saúde: o cuidado interdisciplinar como instrumento de qualificação do SUS; Protagonismo da população jovem nas pré-conferências municipais de saúde nas escolas; Projeto de Extensão Movimenta: programa de educação em saúde para o estilo de vida ativo de escolares na Atenção Básica de Santa Rosa; e Turno expandido noturno para aproximar os usuários às unidades básicas de saúde.