Rizoma avalia guerra na Ucrânia, após um ano de conflito - Unijuí

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Um ano se passou desde que teve início a invasão da Rússia à Ucrânia. Era 24 de fevereiro de 2022 quando, em um discurso transmitido pela televisão, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou a abertura de uma “operação militar especial”  na região de Donbass, no leste da Ucrânia. Ao mesmo tempo, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pedia que ele não fosse adiante.

Apesar das inúmeras perdas, especialmente de vidas, não há qualquer sinal de que a guerra terá fim. Para discutir os impactos do conflito, o Rizoma Temático desta quinta-feira, 2 de março, discutiu o tema “Guerra na Ucrânia: um ano do conflito na Europa”. 

Participaram do programa o professor do curso de História da Unijuí, Jaeme Callai; o professor titular do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris (França), Argemiro Luís Brum; e o professor assistente do curso de Relações Internacionais da Unisc, professor Bruno Mendelski Souza.

Conforme destacou o professor Bruno, o conflito ocasionou a maior onda de pessoas fugindo de seu país desde a Segunda Guerra Mundial. Até o momento, mais de 8 milhões de pessoas tiveram que sair da Ucrânia por causa da guerra. “Uma guerra que, em termos de direito internacional, é ilegal, tem causado sofrimento a milhares de pessoas, mortes e destruição. E como o mundo está cada vez mais interconectado, globalizado, o conflito acabou bagunçando a economia mundial”, afirmou o professor, lembrando que, de um lado, temos a Rússia como um dos principais exportadores de petróleo, de gás e energia; de outro, a Ucrânia, grande exportadora de grãos, de produtos originários da agricultura. 

Jaeme Callai lembra que muitos analistas já consideram o conflito como a Terceira Guerra Mundial. Embora o palco seja a Ucrânia, a guerra tem diversos atores envolvidos. “Se olharmos para histórias passadas, vamos perceber que as circunstâncias deste conflito eram semelhantes à Primeira e Segunda Guerras. O conflito estava ali, acreditavam que não iria evoluir, mas escalou. Precisamos nos precaver e pensar: até onde irá a guerra?”. O professor destaca a necessidade de se pensar a saída do conflito. “A Ucrânia está destruída e se endividando, porque todo o armamento que chega não é de graça. A Ucrânia já perdeu, mesmo não tendo perdido a guerra, ainda. Mas a reconstrução será muito cara, muito custosa”, reforçou.

O professor Argemiro Brum destacou que a guerra veio na esteira da pandemia, que já havia causado problemas econômicos relevantes. O conflito acabou piorando o quadro econômico mundial, gerando uma inflação internacional razoável. “Esse processo acaba travando os Estados, que têm que estimular a economia e investir recursos. Os preços sobem porque falta matéria-prima, também em consequência da guerra e da própria pandemia, e geram inflação. Para segurar, os Estados recorrem à política monetária de juro alto, que tende, por sua vez, a frear o avanço da economia. O que temos são cadeias produtivas desestruturadas, que já estavam ruins”, completou o professor.

Para conferir o Rizoma na íntegra, acesse:


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