País conta com 338 incubadoras no Brasil; a certificação Nível 3 mostra que o trabalho realizado pela Criatec impactou todo o ecossistema de empreendedorismo e inovação local
A Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica - Criatec da Unijuí recebeu, nesta semana, a certificação Cerne de Nível 3, durante a 32ª Conferência da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). O evento aconteceu na cidade de Salvador, na Bahia, de 5 a 7 de dezembro. Das 338 incubadoras existentes no País, somente oito alcançaram essa certificação.
Realizado pela Anprotec e pelo Sebrae, o Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne) é uma plataforma que visa promover a melhoria expressiva nos resultados dos ambientes de inovação de diferentes setores de atuação. Para isso, determina boas práticas a serem adotadas em diversos processos-chave, que estão associados a níveis de maturidade (Cerne 1, Cerne 2, Cerne 3 e Cerne 4) e representam passos em direção à melhoria contínua.
O principal objetivo do Cerne é oferecer uma plataforma de soluções, de forma a ampliar a capacidade do ambiente de inovação em gerar, sistematicamente, empreendimentos inovadores bem-sucedidos. “A certificação Cerne 3 significa que o trabalho realizado pela Criatec impactou todo o ecossistema de empreendedorismo e inovação local. Em 2018, recebemos o Nível 1, onde todos os processos e práticas estão diretamente relacionados ao desenvolvimento dos empreendimentos”, explicou a coordenadora da Criatec, Maria Odete Palharini, que participou da cerimônia de certificação.
O Nível 2 está focado na implantação de práticas que tenham como foco a estruturação da governança da incubadora; enquanto que o Nível 3, obtido pela Criatec, tem como objetivo implantar práticas que formalizem uma rede de parceiros, visando ampliar a atuação da incubadora, criando instrumentos capazes e efetivos para realizar incubação a distância. O Nível 4, que agora é buscado pela Incubadora da Unijuí, objetiva implantar práticas que tenham como foco a globalização tanto da incubadora quanto dos empreendimentos apoiados, de modo que possam atuar de maneira efetiva no mercado global.
“Para obter a certificação, a incubadora precisa descrever todas as suas práticas, realizando-as conforme descreveu, além de evidenciar a realização de um modelo de gestão baseado em indicadores e mensuração de resultados. As auditorias ocorrem a cada dois anos, sendo que a próxima será realizada na Criatec em 2024, quando pretendemos atingir o nível máximo, que é o Nível 4. Para isso, precisamos internacionalizar a incubadora”, explica a coordenadora.
Segundo Maria Odete, que integrou a delegação gaúcha organizada pelo Sebrae e Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp), as principais ações realizadas e que levaram à conquista do Nível 3 pela Criatec estão ligadas aos projetos executados, à qualidade das empresas incubadas, ao envolvimento que há na região, às metodologias dos eventos realizados e ao envolvimento com programas como Inova RS, Startup Lab e Mulheres Empreendedoras. “Agora, a conquista de um novo nível aumenta a responsabilidade da Criatec com as entregas e o impacto no desenvolvimento do ecossistema de inovação”, completou.
A conferência da Anprotec é um grande encontro de ambientes de inovação que acontece anualmente para promover temas relacionados ao cenário de Ciência, Tecnologia e Inovação. Neste ano, o evento reuniu cerca de 900 pessoas para discutir sobre o futuro dos ambientes no contexto do mundo digital, a contribuição, sustentabilidade, financiamento e conexão com o mundo acadêmico, visando transformar o conhecimento em impacto, bem como a acessibilidade e inclusão em cidades sustentáveis.