A Copa do Mundo FIFA 2022 iniciou no dia 20 de novembro e, desde então, é um dos principais assuntos das redes sociais e rodas de conversa espalhadas pelo mundo. Pela primeira vez ocorrendo no Oriente Médio e nos meses de novembro e dezembro, até a grande final a Copa do Catar ainda vai proporcionar muitos assuntos para serem discutidos. Pensando nisso, o Rizoma Temático desta quinta-feira, 1º de dezembro, promoveu um debate sobre os primeiros dias do maior evento do futebol mundial, tendo como título “Catar Rolando: Análise da Copa do Mundo”.
Para trazer um pouco do que aconteceu até o momento no país-sede foram convidados o professor de educação física, técnico e ex-jogador de futebol, Paulo Roberto Wissmann; o bacharel em Educação Física pela UFRGS, analista de mercado (scout) de futebol e comentarista esportivo, Alexandre Patz Hein; e o vice-presidente de Marketing do Esporte Clube São Luiz, Rogério Hansen. O Rizoma contou ainda com a participação do chef de cozinha da embaixada da Suíça no Catar, André Pinheiro Machado.
Dando início ao programa, André contou sobre como está a cidade e o ambiente da Copa do Mundo diretamente do Catar. “É um país muito pequeno e a população se concentra 90% na capital Doha, sendo a grande maioria imigrantes, vindos de países vizinhos. Os muçulmanos têm tradições e hábitos diferentes do Ocidente e por isso altera-se também a rotina na participação de turistas, estrangeiros e pessoas de outras partes do mundo”, relatou.
Paulo Wissmann, que foi lateral do Internacional na conquista do vice-campeonato da Copa União de 1987, afirma que esta é uma Copa diferente, pois as seleções europeias estão no meio de suas temporadas. “Teoricamente, os jogadores chegam em melhores condições, mas acredito que na maneira de jogar não há nenhuma grande novidade. Também estou com uma esperança muito boa com a nossa seleção, mas tenho certos receios do que pode vir pela frente”, afirmou.
Complementando a fala do ex-jogador, Alexandre Patz declarou que faz diferença ter a Copa neste período do ano, visto que, geralmente, a disputa ocorre em junho e julho, porém, devido às altas temperaturas no Catar, foi transferida para o fim do ano, quando é inverno na região. “Foi até meio estranho os dias que antecederam a Copa, pois não houve a preparação de quase um mês que havia anteriormente. Ao mesmo tempo, tem o fato dos atletas estarem no ápice físico e não haver o cansaço mental de fim de temporada”, destacou.
A Copa no Catar também foi palco para granes polêmicas de marketing. Segundo Rogério Hansen, cada vez mais as marcas estão preocupadas com sua reputação. “A maioria das marcas que expõem na Copa são de inserção mundial e, quando você tem algumas conexões com fatos negativos, há uma pressão natural nas próprias marcas. Portanto, o consumidor pressiona as marcas, que, por consequência, pressionam o evento”, ressaltou.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí