As Eleições 2022 seguem repercutindo em todo o País. E para entender o cenário que se desenhou após o pleito, o Rizoma Temático desta quinta-feira, 3 de novembro, trabalhou o tema “O Brasil na semana pós-eleições 2022”.
Para o programa da Rádio Unijuí FM foram convidados o professor do curso de História da Unijuí, Jaeme Callai; o professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional, Argemiro Brum; o professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito, Gilmar Bedin; e o professor do curso de Direito, Suimar Bressan.
Iniciando o debate, o professor Suimar Bressan declarou que essas eleições ficarão marcadas negativamente. “A história vai mostrar que essa foi a eleição com maior número de casos de assédio eleitoral. Para mim, cada dia fica mais escandaloso, pois isso ocorreu em todos os segmentos, seja na economia, nos ambientes religiosos ou no poder público”, afirmou.
Para Jaeme Callai, os últimos quatro anos trouxeram uma bipolaridade extrema, que vem se tornando hostilidade política. “O atual momento é uma ruptura do tecido social, que contrapôs uns contra os outros na busca de uma dicotomia ou uma exclusão do diferente”, disse.
Em seguida, Bedin salientou que era difícil imaginar que não haveriam movimentos questionando os resultados das urnas. “Essa manifestação de descontentamento deve permanecer de forma duradoura, mas não no volume de votos estabelecidos nas urnas. Além disso, tende a se formar um partido de extrema direita como aconteceu na França e na Itália”, apontou.
O professor Argemiro Brum trouxe ao debate a enorme diferença entre as eleições de 2018 e 2022. “Nessas eleições nós tivemos 9,2 milhões de eleitores a mais que há quatro anos. Bolsonaro fez 409 mil votos a mais do que no segundo turno de 2018 e Lula fez 13,3 milhões a mais do que o Haddad no segundo turno de 2018. São muitas pessoas e talvez, por isso, há muita gente ressentida nessas manifestações”, completou.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Confira o Rizoma na íntegra: