Nova relação com o trabalho é debatida no Rizoma Temático - Unijuí

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Recentemente, a expressão “quiet quitting” ganhou força nas redes sociais. Sua tradução livre é demissão ou desistência silenciosa e refere-se ao ato de trabalhar somente o necessário, cumprindo apenas com as atribuições que foram pré-estabelecidas. O quiet quitter não vê benefícios em gastar seu tempo realizando atividades que não foram acordadas em sua ocupação atual.

“Desistência silenciosa: a nova relação dos profissionais com o trabalho” foi a temática abordada no Rizoma Temático desta quinta-feira, dia 15 de setembro. O programa contou com a participação do gerente de Recursos Humanos da Unijuí, José Luís Bressam; da professora do curso de Psicologia da Universidade, Carolina Gross; da gerente de Gestão de Pessoas da Unimed Noroeste/RS, Sandra Carneiro; e também da psicóloga organizacional da Unimed, Mariele Paludete.

Bressam afirma que já começou a notar esse movimento, mas como a Unijuí conta com colaboradores de diversas faixas etárias, há funcionários com diferentes visões diferentes do trabalho. “Eu vejo que isso não é um problema, acho que é um avanço da sociedade. Nós, como gestores que atuam nas Universidades, temos que aprender a conviver com esse modelo”, comentou.

Segundo Sandra Carneiro, cada vez mais os colaboradores de 18 a 30 anos buscam por uma “via de mão dupla”, na qual é possível que o funcionário desenvolva sua carreira. “Nós temos que apostar muito na valorização, na qualidade de vida, em demonstrar o quanto eles são importantes e estarmos atentos aos sinais de esgotamento físico e mental. São fatores que antes não tínhamos a atenção tão voltada quanto agora”, relatou.

Na Unimed ocorre uma espécie de acompanhamento, para que esse percurso profissional seja agradável para o empregador e o empregado. “Nós conversamos muito com nossos funcionários abordando o viés de ‘o que faz sentido para você no trabalho’, para construir uma caminhada com propósito, que faça sentido para a empresa e para o colaborador”, acrescentou Mariele Paludete.

De acordo com a professora Carolina Gross, o impulsionamento desse debate ocorre pois as gerações mais novas estão dispostas a enfrentar as insatisfações, seja ela na vida pessoal ou profissional. “Por vezes tratamos as novas gerações de maneira pejorativa e de forma hostil. Talvez porque essa geração nos traga questionamentos que a gente não quis fazer”, salientou. 

Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí


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