Professores que vão trabalhar na Graduação Mais tiveram formação presencial sobre planejamento
Neste mês, o Núcleo de Inovação Pedagógica (NIP) da Unijuí promoveu uma série de formações, pensadas dentro do Programa de Formação Continuada dos Professores, a partir da escuta dos docentes e da percepção sobre os desafios da sala de aula. Julho foi escolhido em razão de muitas atividades estarem paralisadas, em razão do recesso, permitindo que a maioria dos professores pudesse participar sem se sobrecarregar.
Assim, no dia 7 de julho teve início uma formação com os tutores da modalidade Ensino a Distância (EaD) sobre estratégias de planejamento de disciplinas, já que estes profissionais realizam o acompanhamento próximo dos professores. Também neste período, foi aberta a formação no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), sobre Educação por Competência, para os professores que vão trabalhar na Graduação Mais e ainda não tinham feito esta formação. Na sequência, sempre no AVA, abriram as formações de: planejamento de disciplinas EaD para professores que trabalharão nesta modalidade no próximo semestre e planejamento de disciplinas para os professores que vão atuar na Graduação Mais, público que também participou da qualificação sobre estudos independentes. Para conjuntos diferentes de professores, a partir de suas áreas, foram oferecidas quatro formações sobre Metodologias Ativas (uma para cada grupo): Aprendizagem Baseada em Projeto; Aprendizagem Baseada em Problema; Metodologia da Problematização e Método de Caso.
Aconteceram, ainda, oficinas sobre ferramentas digitais para a educação, para os professores que se inscreveram a partir de suas necessidades, e de forma presencial, foi realizada uma formação geral sobre “O metaverso no cotidiano das pessoas: o que está por vir?”; e um momento presencial de planejamento para os professores que vão atuar na Graduação Mais. Nesta semana, aconteceu uma formação para ingressantes do curso de Medicina, em parceria com o Núcleo de Apoio Pedagógico e Experiência Docente do Curso – NAPED; uma formação sobre Design Thinking e, para fechar, uma formação para ingressantes, direcionada a todos os docentes que foram contratados no segundo semestre.
Muitos dos temas estão ligados às novas tecnologias, e há uma preocupação do NIP para que os professores não só se atualizem e utilizem ferramentas de tecnologia como instrumentos nas suas aulas, mas para que compreendam que o uso de uma tecnologia precisa estar muito conectado com os objetivos de sua aula, com o desenvolvimento de uma competência.
“Na Unijuí, temos trabalhado a partir do entendimento de que qualquer metodologia ou instrumento, como a tecnologia, precisa ser pensado a partir do planejamento para responder ao objetivo da aprendizagem, e isso traz um outro sentido para a aula. Mais do que uma aula dinâmica, queremos que o estudante saia dela com entendimentos, sabendo explicar, refletir a partir de diferentes contextos aquele conhecimento, e não que o aluno goste da aula e amanhã não lembre nada do que foi tratado, apenas da ferramenta virtual. Então, até as oficinas de tecnologia estão sendo pensadas para que o professor aprenda a usar a ferramenta, sabendo quando usá-la”, explicou Mariane.
Segundo a coordenadora do NIP, a Graduação Mais, novo modelo de curso de graduação da Unijuí, está mexendo muito com os cursos e professores. O planejamento conjunto do módulo e o Projeto Integrador que promove o envolvimento dos estudantes desde cedo com o seu campo de trabalho têm sido riquíssimos, além de os professores estarem em constante desenvolvimento a partir do novo currículo por competência. “A cada fim de semestre - e durante o semestre também -, os coordenadores avaliam os processos com os professores do módulo, alterando planejamentos a partir dos desafios enfrentados, e isso tem sido muito rico, pois desenvolve um processo de crescimento. Por isso, podemos esperar uma sala de aula pulsante no segundo semestre, um envolvimento ainda maior com a comunidade a partir dos Projetos Integradores e estudantes sendo desafiados a resolver problemas, a serem criativos, a aprenderem com os erros”, completou.
Como destaca Mariane, a profissão de professor está entre as que mais exige uma formação constante. “O professor trabalha, avalia, busca novos entendimentos a partir dos desafios, implementa e avalia novamente, num processo de retroalimentação. Porque o bonito da profissão é que trabalhamos com educação de seres humanos, que nunca são iguais. Cada turma é uma turma, cada sujeito é único e, portanto, cada experiência vai ser diferente. Não dá para ter receita, apesar de ser fundamental ter princípios educativos que sustentem este trabalho. Então, avaliar, refletir e qualificar sustenta o fazer da e na educação”, finalizou.