Rizoma Temático debate utilização de termos estrangeiros e seus efeitos na língua portuguesa - Unijuí

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Termos e expressões oriundas de outras línguas são frequentes em nosso cotidiano. Algumas palavras mantiveram sua grafia, mas outras receberam um toque brasileiro e assim ficaram. O Rizoma Temático desta quinta-feira, dia 30 de julho, tratou sobre os prós e contras do “Estrangeirismo na língua portuguesa: a importação de ideologias e culturas que afetam a brasilidade das palavras”.

Os convidados desta edição foram a professora doutora do curso de Letras - Português e Inglês da Unijuí, Fabiana Diniz Kurtz; a cientista política, intercambista norte-americana e English Teaching Assistant (ETA) da Unijuí, Krista Arellano; e o sócio-diretor do Yázigi e professor de Inglês e Espanhol, Roberto Homrich.

A professora Fabiana afirmou que ao longo da história ocorreram muitas iniciativas no sentido de impedir o uso de estrangeirismos, tanto no Brasil quanto em outros locais. “Apesar disso, sabemos que a história é constituída por contatos entre povos e isso se manifesta também na língua. É de certa forma inevitável”, contou.

De acordo com Krista, a língua portuguesa no Brasil conta com muitas expressões que o povo adotou ou que vieram junto com esses contatos, mas que perderam o sentido que de fato é utilizado em suas línguas originárias. “É muito interessante estudar português e ver uma série de palavras que já conheço, mas que não têm o mesmo sentido, como 'shopping', que nos Estados Unidos é um verbo”, relatou.

Segundo Roberto Homrich, a mudança das palavras é um processo natural e acontece porque a língua é viva e está em constante transformação. “O português que se fala hoje não é o mesmo que se falava há 50 anos e na língua inglesa é da mesma forma. Caso um americano ou britânico viajasse no tempo para época de Shakespeare, eles não conseguiriam se entender, porque muitas palavras mudaram seu significado”, exemplificou.

Fabiana acrescentou ainda uma fala do linguista indiano naturalizado brasileiro, Kanavillil Rajagopalan, que afirmava: “domine a língua, mas não deixe a língua dominar você”. “Isso passa muito pelo ensino de línguas e pelo conhecimento cultural que nós temos. Não há curso de Letras no país que não discuta as questões debatidas hoje”, completou a professora.

Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí


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