Estudantes do campus Santa Rosa socializaram soluções na Mostra de Projetos Integradores - Unijuí

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Na noite desta terça-feira, 28 de junho, foi realizada a Mostra de Projetos Integradores no campus da Unijuí em Santa Rosa. Estudantes de diferentes cursos tiveram a oportunidade de socializar soluções construídas a partir de diferentes desafios. O evento, que também acontece em outros campi, contou com a presença de autoridades e demandantes.

Entre os diferenciais da Graduação Mais - o novo modelo de cursos de graduação da Unijuí, estão os Projetos Integradores, que possibilitam que os estudantes pensem em soluções para problemas reais, desde o primeiro semestre do curso, a partir de desafios que são inscritos na plataforma Sou Mais. Até chegar à solução final, eles realizam pesquisas, conversas, e contam com a colaboração de mentores, que são profissionais com conhecimento na área e que se voluntariam para ajudar.

Ligada ao Projeto Integrador sobre os Grandes Desafios da Engenharia, a professora Taciana Enderle explica que os acadêmicos trabalharam na padronização dos coletores de lixo do município de Santa Rosa, para áreas públicas (praças e ruas), residências, condomínios, áreas comerciais, periferia e zona rural. Eles foram divididos em seis grupos interdisciplinares de trabalho, para que, assim, cada uma das engenharias pudesse contribuir. 

“O demandante foi a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santa Rosa. Para o desenvolvimento dos projetos, os estudantes deveriam levar em consideração os fatores socioeconômicos, a capacidade de armazenamento das lixeiras, a frequência de coleta, a identificação de resíduos recicláveis e não recicláveis, entre outras. Por fim, recomendou-se para o desenvolvimento dos projetos a aplicação de novas tecnologias (sensores, comunicação, etc) e novos materiais”, explicou a professora.

Também na área das Engenharias, foi trabalhado o PI Projetos em Engenharias, pelo professor Giuliano Daronco, voltado à solução para soleira negativa em locais com rede pública de esgotamento sanitário. 

Na área de Ciência da Computação, os acadêmicos trabalharam no PI Computação e a Resolução de Problemas, com o desenvolvimento de aplicativos computacionais para pessoas com algum tipo de deficiência. “As demandas vêm de uma parceria com a Associação de Familiares e Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais (Afapene) de Santa Rosa, que atende um conjunto de pessoas cujas necessidades são variadas, entre elas, um grupo que faz uso de uma sala com computadores e softwares específicos para o seu desenvolvimento. Neste sentido, a demanda sugere a criação de ferramentas computacionais que auxiliem no processo pedagógico e integração dos estudantes daquela instituição. As soluções finais contemplam histórias e minijogos, que interagem com o usuário com imagens e sons”, destacou o professor Gerson Battisti.

Enquanto isso, no curso de Psicologia, a partir do PI Psicologia e Saúde, os estudantes trabalharam em temas ligados à saúde mental, tanto na infância quanto na idade adulta, a partir de desafios encaminhados pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps AD e 2) de Santa Rosa e pelo Programa Primeira Infância Melhor (PIM). De acordo com a professora e coordenadora do curso de Psicologia em Santa Rosa, Simoni Fernandes, os acadêmicos estruturam oficinas para inserção no mercado de trabalho, no caso de usuários de álcool e drogas; para trabalhar a vinculação e a afetividade com pacientes esquizofrênicos e voltadas a mulheres em depressão. Também organizaram cartilhas para o acompanhamento de bebês prematuros e estruturaram uma palestra para formação de visitadores do PIM.

Os cursos de Administração e Ciências Contábeis, por meio das professoras Luciana Moro e Sandra Albarello, trabalharam o PI Sociedade e Sustentabilidade dos Negócios, através da proposição de modelos de sustentabilidade e governança para um ecossistema de inovação. 

Já na área do Direito, os estudantes se voltaram ao PI Crime, Sociedade e Poder Punitivo: os fundamentos e os limites da proibição, da persecução penal e da punição. Conforme explica o professor Thiago dos Santos da Silva, um dos grupos trabalhou em uma demanda do Projeto de Extensão Diálogos: Tecendo vidas sem violência de gênero. Foram aplicados formulários junto ao campus de Santa Rosa, para se ter um feedback da relação, de homens e mulheres, com temas como cultura do estupro, crimes contra a dignidade sexual e lógica do consentimento. Neste caso, foi proposta a criação de um projeto de extensão, com apoio da Rede de Proteção à Mulher. 

A partir da demanda do vereador Maicon Zamboni, também foi trabalhada a violência no trânsito e suas consequências. E houve, também, a aplicação de um questionário no Portal Plural de Santa Rural. A proposta de instalação de uma lombada eletrônica ou semáforo, em uma rua específica, agora será pauta de projeto de lei, a ser encaminhado pelo vereador. “Um terceiro grupo fez um trabalho intenso de pesquisa sobre liberdade de expressão e discurso de ódio, a partir do desafio proposto pelo Portal Plural. Um questionário também foi aplicado, para entender o que as pessoas pensavam sobre o tema, e avaliados comentários no próprio site. Agora, serão produzidos banners informativos para o portal”, completou o professor. 

Entre os cursos de Pedagogia e Educação Física, cinco desafios foram lançados aos estudantes, segundo a professora Fabiana Ritter, que coordenou as atividades ao lado da professora Marta Borgmann. Eles trabalharam a necessidade de potencializar os projetos sociais na área das lutas e dos esportes de combate; a necessidade de valorização dos educadores sociais na área de Educação Física; a humanização dos espaços de trabalho e, ainda, o fortalecimento das finalidades e objetivos de uma escola de turno integral. 

Professores reforçam contribuição dos PIs para formação dos acadêmicos

Em todas as áreas, a avaliação dos professores quanto aos PIs foi positiva. “As várias soluções apresentadas pelos grupos atenderam à solicitação do demandante e podem ser utilizadas como projetos-piloto para avaliar a aplicação na prática. Além disso, as propostas buscaram incorporar a tecnologia, o que é muito importante nos dias atuais”, destacou a professora Taciana Enderle, referindo-se à área das Engenharias.

Como destaca o professor Gerson Battisti, os acadêmicos de Ciência da Computação tiveram total liberdade para criar, sendo que as ideias foram, ao longo das aulas, dos encontros com mentores e demandantes, lapidadas e aprimoradas. “Os projetos finalizados são muito bons. O PI é uma oportunidade única para que o aluno possa olhar para um problema real e ver o que a sua intervenção pode alterar na sociedade. Cabe relembrar aqui uma interação durante o processo de desenvolvimento das aplicações, em que, para além da surpresa, os alunos tiveram que repensar seus projetos ao serem informados pelo demandante que os futuros usuários das aplicações não eram alfabetizados. Avaliando a parte computacional, os projetos demonstram o crescimento e o domínio das técnicas de programação pelos alunos”, reforçou.

A criatividade também foi constatada nos Projetos Integradores do curso de Psicologia, segundo a professora Simone Fernandes. “Os grupos conseguiram organizar suas soluções de forma criativa e bem sustentada teoricamente”, completou. Os PIs acabam, como aponta a professora Fabiana Ritter, estimulando os estudantes a serem proativos e dinâmicos. “Sem falar que é por meio desta relação entre universidade e comunidade que a nossa instituição, que é comunitária, potencializa a sua visão, missão e seus propósitos na busca da construção de ações educativas, científicas, culturais e tecnológicas”, comentou.

Entusiasta dos PIs, o professor Thiago dos Santos da Silva completa que os projetos estimulam o trabalho em grupo e a formação de pesquisadores desde o primeiro semestre do curso. Além disso, aproxima a universidade da comunidade, por meio da indicação de soluções.  


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