Carta-patente foi concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), nesta semana
A Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado (Fidene), mantenedora da Unijuí, e a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) receberam, do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), a carta-patente em inovação tecnológica do Sistema Não Invasivo de Monitoramento e Supervisão de Unidades Transformadoras e Subestações de Energia Elétrica. A conquista resulta do trabalho realizado pelo Grupo de Automação e Controle (GAIC) da Unijuí, lançado no ano 2000 com o objetivo de unificar as áreas de Ciência da Computação e Engenharia Elétrica, para que atuassem voltadas a um objetivo maior: a pesquisa.
“Começamos a trabalhar com pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 2003, com algumas empresas, incluindo a CEEE. Mais ou menos em 2006, iniciamos o trabalho com alguns conceitos de comunicação de dados em redes elétricas. Esse conceito foi evoluindo e, em 2012, iniciamos um grande projeto, que era construir um conjunto de unidades de subestações subterrâneas em Porto Alegre, utilizando essa tecnologia de forma não invasiva para monitorar e melhorar a confiabilidade desse sistema”, explicou o professor Maurício de Campos, coordenador do GAIC, lembrando que o projeto foi finalizado em 2015 com 83 subestações que, até hoje, utilizam o sistema de monitoramento.
“Tivemos uma redução significativa no número de manutenções, defeitos e principalmente falhas. Ainda em 2015, pedimos a patente deste produto, porque enxergávamos que ele era exclusivo - tanto que virou um projeto de P&D. Mas, mesmo com a aceleração do pedido, a patente foi concedida somente agora”, completa o docente, destacando que, para a Unijuí, esse é um grande marco: a Universidade recebe sua primeira carta-patente nas áreas de elétrica e computação.
Coordenador do projeto ao lado do professor Maurício de Campos, o professor Paulo Sausen destaca que a expectativa é de um futuro próspero na área da pesquisa. “Estamos executando um novo projeto, que está em seu segundo ano, e que dá continuidade ao desenvolvimento do sistema de monitoramento. Como os projetos de P&D têm ciclos na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), nós finalizamos essa etapa com a inserção no mercado desse sistema. Com o aporte dessa nova patente, Fidene e CEEE terão a exclusividade em comercializá-lo”, explicou.
Na avaliação da professora Airam Sausen, a obtenção da patente demonstra o excelente trabalho que vem sendo desenvolvido pelo GAIC, de forma interdisciplinar entre as áreas de matemática, engenharia elétrica e ciência da computação. “Para nós, pesquisadores, a obtenção dessa patente instiga a trabalharmos ainda mais. Ela é mérito da pesquisa. A patente também fomenta a ocorrência de novos estudos porque, quando colocamos um produto no mercado, incentivamos outros pesquisadores a melhorá-lo ou a produzir um produto para concorrência, beneficiando diretamente a comunidade”, comentou, lembrando que a conquista também impacta no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Modelagem Matemática e Computacional da Unijuí, diretamente envolvido nas pesquisas.
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