Altas temperaturas e umidade caracterizam o verão em regiões de clima subtropical como, por exemplo, o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Essa combinação é perfeita para proliferação de mosquitos, fazendo com que uma das espécies, o Aedes aegypti, aumente as chances de transmissão de doenças infecciosas, sendo a Dengue a mais conhecida.
Até o fim do mês de novembro de 2021, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs/RS), registrou 15.443 casos suspeitos de Dengue, destes 9.855 foram confirmados. Além disso, foram confirmados 11 óbitos pela doença no Estado.
Para que os casos sejam reduzidos e não tenhamos uma epidemia neste verão, é necessário cuidado. A bióloga e presidente da Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural (Aipan), Francesca Werner Ferreira, confirma esse fato afirmando que “a prevenção deve ocorrer a partir do monitoramento contínuo, assim diminuindo as chances de reprodução''.
O Aedes aegypti se reproduz facilmente em locais onde há água, independente de sua quantidade. De acordo com a professora do curso de Ciências Biológicas da Unijuí, Juliana Maria Fachinetto, devemos continuar com os mesmos cuidados de sempre para evitar o acúmulo de água parada.
“Fazer a limpeza dos pátios, não deixar recipientes expostos que possam acumular água, retirar os vasos das plantas ou preencher com areia. Outras dicas são manter todos os ralos ativos fechados, limpar as caixas d'água e mantê-las fechadas, limpar as calhas e telhados e, por fim, manter os recipientes para armazenamento do lixo doméstico sempre bem fechados,” aconselha.
Outro fator que é considerado importante é o descarte de lixo. Segundo Francesca, o lixo jogado de qualquer maneira e em qualquer lugar é o maior problema para a prevenção, portanto, a gestão e descarte correto desses resíduos são as melhores estratégias para se evitar problemas. "O poder público deve monitorar, fiscalizar e principalmente educar os cidadãos”, completa.
Como ainda não existe vacina, nem para a Dengue, nem para as outras doenças propagadas pelo Aedes aegypti, continuam sendo imprescindíveis os cuidados e a prevenção.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí