Impactos da estiagem são debatidos em Rizoma Temático - Unijuí

COMUNICA

PORTAL DE NOTÍCIAS DA UNIJUÍ

A falta de chuvas tem preocupado agricultores e já antecipado que o Rio Grande do Sul não deverá alcançar os 6 milhões de hectares previstos para serem colhidos com soja no ciclo de 2020/2021. No caso do milho, a situação é ainda mais grave. 

Somente neste ano, os produtores do Estado já foram indenizados com mais de R$ 1 bilhão por sinistros nas lavouras cobertas pelo seguro rural e perdidas pela estiagem que marcou o final de 2019 e o início de 2020. 

Para debater o tema “Agro em risco: como a estiagem pode afetar a economia regional”, o Rizoma desta quarta-feira, 15 de dezembro, convidou a doutora em Agronomia, com ênfase em agrometeorologia, ecologia e ecofisiologia de espécies agrícolas, Cleusa Bianchi; o engenheiro agrônomo e responsável pela área de produção vegetal no Escritório Regional da Emater de Ijuí, Gilberto Bortolini; e a sócia-proprietária na Cargnelutti Máquinas e estudante do curso de Agronomia, Carolina Cargnelutti.

Segundo a professora Cleusa, a situação é preocupante, especialmente para a cultura do milho, que possui muitas áreas com perdas significativas de produtividade. “Temos áreas entrando na fase reprodutiva que também estão com problemas. Quanto à soja, ainda temos esperança. Temos áreas a serem semeadas e as que foram, dependendo da data de semeadura, podem vir a ter uma boa resposta em produtividade, já que a chuva expressiva para essa cultura tende a ser nos meses de janeiro e fevereiro”, explicou.

Gilberto Bortolini explica que a irrigação tem avançado, mas que a região ainda carece de mananciais ou reservatórios de água. Muitos produtores ainda não decidiram se vão transformar um pedaço da lavoura em reservatório, para suprir a falta de precipitações. “Na cultura do milho é onde encontramos mais áreas irrigadas, porque ele tem um risco maior, um período muito curto que define o seu potencial produtivo. Na região da Emater, que compreende as regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí, temos praticamente 80 mil hectares de milho cultivados e cerca de 20 mil hectares com irrigação”, comentou.

Carolina lembra que muitas das operações necessárias na lavoura precisam contar com a umidade do solo. “Há a necessidade de utilização de práticas que melhorem as condições do solo. A longo prazo, os problemas tendem a ser diminuídos. E dentro disso entram os sistemas integrados, que buscam auxiliar os produtores para que estejam preparados quando a chuva chegar.”

Para conferir o Rizoma na íntegra, acesse:


Compartilhe!

Utilizamos cookies para garantir que será proporcionada a melhor experiência ao usuário enquanto visita o nosso site. Ao navegar pelo site, você autoriza a coleta destes dados e utilizá-los conforme descritos em nossa Política de Privacidade.