Todos os anos, no mês de outubro, as discussões sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e do câncer de colo do útero ganham evidência. A cor rosa e as fitinhas que simbolizam a campanha Outubro Rosa invadem as redes sociais e ações de conscientização são realizadas em diversas instituições. Mas qual a importância de, ano após ano, repetir esse movimento?
Para debater a temática “Outubro Rosa e saúde da mulher: uma reflexão necessária”, os convidados do Rizoma Temático desta quinta-feira, 14 de outubro, foram a professora do curso de Enfermagem da Unijuí e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Oncologia, Bruna Nadaletti; o médico ginecologista e mastologista, professor do curso de Medicina, Gerson Delazeri; e a psicóloga do Centro de Oncologia da Unimed Noroeste/RS, Débora Andrade.
O professor e médico Gerson Delazeri chama atenção para o fato de que o câncer de mama é o câncer de maior mortalidade para as mulheres no Brasil, seguido pelo câncer de colo do útero. “A campanha Outubro Rosa começou com o câncer de mama e se estendeu para o câncer de colo do útero, justamente por essa preocupação. A campanha deste ano, da Sociedade Brasileira de Mastologia, é ‘quanto antes melhor’. Quanto antes melhor para o diagnóstico, pois o tratamento acaba sendo menos agressivo e as chances de cura são maiores”, enfatiza.
A professora Bruna Nadaletti traz outro índice preocupante: segundo o Ministério da Saúde, em 2018, apenas 24,1% das mulheres entre 50 e 69 anos realizaram o exame de mamografia. “Culturalmente, a mulher tem a tendência de buscar mais por serviços de saúde do que o homem. No entanto, dados nos alertam que ainda existe muito a ser feito, na perspectiva de sensibilização e estímulo à prevenção. Precisamos continuar o trabalho incansável de disseminar a importância do exame da mamografia para detecção precoce, visto que ela impacta significativamente no prognóstico da paciente."
Já a psicóloga Débora Andrade destaca a importância do apoio familiar durante o tratamento da doença, uma vez que os fatores psicológicos influenciam muito. “A família vai precisar de uma reorganização geral, porque não é só o paciente que adoece, a família acaba entrando junto nesse adoecimento. Então toda essa readaptação precisa ser feita em conjunto, porque nesse momento é importante que a paciente não tenha nenhum fator estressor além da doença, para que ela se sinta confortável e confiante para seguir seu tratamento."
Por Amanda Thiel, estagiária de Jornalismo da Assessoria de Marketing
Confira o programa na íntegra: