No último mês, o Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) esteve em diversas escolas da rede municipal de Ijuí. Realizando oficinas de jogos culturais com algumas turmas dos Anos Finais, a Instituição pode compartilhar brincadeiras de diferentes povos identitários com os estudantes.
As oficinas fazem parte do plano de trabalho do 7° Prêmio Darcy Ribeiro, no qual o Museu foi contemplado com o projeto "Exposição Pandorgueando – Brinquedos, jogos e brincadeiras de geração a geração", que tem como objetivo proporcionar à comunidade estudantil o conhecimento e a identificação de jogos de diferentes culturas. Apresentando para os adolescentes os jogos da Mancala e Onça, de origem africana e indígena respectivamente; trazendo atividades diferentes e usuais às práticas normais de brincadeiras, foi possível disseminar os jogos levados pela Instituição até os alunos.
Realizando 47 oficinas no mês de setembro, a equipe do Madp percorreu 13 escolas da rede municipal de Ijuí, envolveu turmas do 4° ao 6° Ano do Ensino Fundamental, atendendo 716 alunos e professores durante as atividades.
Mantendo a questão da pandemia em pauta, o Madp resolveu ir até as escolas ofertar as oficinas, em contrapartida a uma proposta que já estava estruturada, mas que seria realizada nas dependências da Instituição. Os materiais disponibilizados foram todos confeccionados pensando na possibilidade de higienização após o uso. Placas de PVC expandidos foram os tabuleiros e sementes variadas para os jogos foram fornecidas pelas escolas.
A participação nas oficinas pelas turmas aconteceram de forma interativa e contextualizada através da orientação de Fabrício Souza e Giordano Toniazzo, que acompanharam o processo de organização, execução e desenvolvimento dos jogos propostos de acordo com o que a Base Nacional Comum Curricular define para aprendizagens essenciais. “Para pensar o ensino de História é fundamental considerar a utilização de diferentes fontes e tipos de documentos capazes de facilitar a compreensão da relação tempo e espaço e das relações sociais que os geraram”, destaca a professora e coordenadora da Escola Dona Leopoldina, Vera Granville, que participou do circuito das oficinas nas escolas.
Por Giordano Toniazzo, estagiário de Jornalismo