É neste mês, marcado pela campanha Setembro Verde, que se intensificam as ações que visam dar visibilidade à inclusão da Pessoa com Deficiência (PcD). Como lembra a estudante Vanessa Hoffmann, acadêmica do curso de Farmácia e bolsista no projeto de extensão Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência, neste período a comunidade é convidada a se juntar à luta a favor da inclusão social, da acessibilidade e da equidade para as pessoas com deficiência.
“É importante a divulgação e a discussão sobre o tema neste mês, mas vale ressaltar que nossa luta acontece todos os dias. O Brasil possui uma legislação muito abrangente a favor da PcD, mas que na prática nem sempre acontece. Por isso, precisamos nos manter firmes em busca dos nossos direitos."
Vanessa, que passou a ser cadeirante após um acidente, sente na pele a falta de acessibilidade no Município, mas acredita que é possível evoluir, se cada cidadão fizer a sua parte - começando pela inclusão. “Infelizmente, assim como na maioria das cidades, Ijuí não é acessível para todos. A pessoa com deficiência tem seu direito de ir e vir cassado, muitas vezes, já que ruas, calçadas, estacionamentos, estabelecimentos públicos e privados e até mesmo serviços de saúde não possuem acessibilidade. Mas eu acredito que é possível evoluir e melhorar nossa cidade em muitos aspectos se todos fizerem a sua parte. A mudança parte de cada um”, frisa.
Mesmo na pandemia, o projeto de extensão desenvolveu muitas ações de impacto, como lembra Vanessa, a exemplo de rodas de conversa e elaboração de materiais para as redes sociais, visando conscientizar a população sobre a causa da PcD. “Tivemos um ótimo retorno através destas ações. Muitas pessoas foram alcançadas, de vários municípios, principalmente de abrangência da 9ª e 17ª Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), de Cruz Alta e Ijuí. Os bate-papos promovidos de forma online geraram debates importantes, onde os participantes relataram experiências e aprendizados valiosos”, comenta a estudante, lembrando que muitas das atividades aconteceram em parceria com órgãos municipais como o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Comped) e Conselho Municipal de Prevenção de Acidentes (Comupa), o que proporcionou um maior alcance e aproximação de instituições que visam objetivos semelhantes.
Na avaliação da estudante do 6º semestre, para avançar e transformar a realidade, o ponto central é trabalhar para garantir o apoio de todos. “É uma longa jornada, impossível de seguir sozinho. Esta causa não é apenas das pessoas com deficiência, mas de todos. Por isso faça sua parte, transforme o seu meio. Uma sociedade acessível e acolhedora traz benefícios para todos”, finalizou.