Impacto das fake news é debatido no Rizoma Temático - Unijuí

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O impacto de uma notícia falsa tornou-se ainda mais preocupante durante a pandemia de covid-19. Acreditando na ineficácia de máscaras, muitas pessoas deixaram de utilizá-las. Da mesma forma, muitos estão se recusando a fazer a vacina, por questionar sua segurança ou os efeitos que causa, e até por considerar a alteração no DNA. E estes são apenas alguns pontos que fomentam as Fake News mundo afora.

Para debater os reflexos da desinformação na pandemia, o Rizoma Temático da Unijuí FM recebeu nesta quinta-feira, dia 1º de julho, Tiago Protti Spinato, mestre em Direito, membro da Comissão de Novas Tecnologias da OAB e mentor do Projeto Integrador sobre Fake News; a acadêmica de Direito Taís Ramos, que participa do grupo; Talita Mazzola, jornalista e coordenadora da Assessoria de Marketing da Unijuí; e Andreia Amorim, enfermeira sanitarista e ex-secretária municipal de Saúde.

Conforme destacou Tiago, as notícias falsas têm um grande poder para destruir pessoas - e citou como exemplo a repercussão da notícia de que o presidente Joe Biden teria aberto a fronteira dos Estados Unidos para qualquer pessoa. Pelo menos 18 pessoas perderam a vida nas águas do Rio Grande,  buscando chegar à margem americana.

Por meio do Projeto Integrador, segundo Taís, busca-se aprofundar as discussões sobre notícias falsas. E lembrou que muitas pessoas acabam compartilhando uma informação sem confirmar a sua autenticidade, por estarem de acordo com o que o texto diz. 

Questionada se os jornalistas seriam responsáveis por parte deste cenário, Talita Mazzola afirmou que não, mas que a decisão do Supremo Tribunal Federal, de 17 de junho de 2009, de derrubar a exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista, deu início a essa proliferação de desinformação. “A Agência Nacional de Jornais (ANJ) comemorou a decisão por entender que isso ia ao encontro da liberdade de expressão, e uma coisa não ter nada a ver com a outra”, destacou, lembrando que os jornalistas contribuem, na verdade, para esclarecer os fatos.

Na avaliação de Andreia Amorim, houve uma mistura entre ciência e política no País, que considera “inadmissível”. Esse fato acabou facilitando a desinformação e contribuindo para o descrédito da ciência. “O uso da máscara é uma ação simples, mas eficaz. Eu, trabalhando na área da saúde, não tive a doença exatamente por adotar as medidas de prevenção. Sem cuidado, vamos ter a pandemia por muitos anos”, afirmou.

Para conferir o Rizoma Temático na íntegra, acesse:


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