Dia Mundial do Câncer é celebrado nesta quinta-feira, dia 4 de fevereiro
Em 2019, acadêmicos de Medicina integraram campanha de prevenção ao câncer
O Dia Mundial do Câncer, celebrado nesta quinta-feira, 4 de fevereiro, não é uma data qualquer: serve para colocarmos em pauta um problema de saúde pública que, em 2018, apresentou uma alta no número de casos. Estima-se que, somente no referido ano, 18 milhões de diagnósticos tenham sido realizados, conforme alertou o professor do curso de Medicina da Unijuí e cirurgião oncológico, Lucas Zanini.
“Colocando o câncer de pele não melanoma de lado, temos, conforme aponta o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para cada ano do triênio 2020-2022, 68 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil – o mais comum entre os homens. Entre as mulheres, são 66 mil novos casos de câncer de mama. Globalmente, o câncer de pulmão acaba sendo o mais prevalente”, alertou o professor, lembrando que, no público infantojuvenil, destacam-se, na faixa etária dos 0 aos 19 anos, leucemias, tumores do sistema nervoso central e linfomas.
A situação é grave, conforme aponta o professor, e é exatamente por isso que os acadêmicos do curso de Medicina da Unijuí se envolvem em ações preventivas desde o primeiro semestre. “É importante que os estudantes estejam inseridos no debate deste problema, inclusive realizando campanhas, alertando para medidas de prevenção”, explicou o docente, lembrando que os estudantes compartilham tanto ações de prevenção primária – voltadas a impedir a ocorrência das doenças antes que elas se desenvolvam, como o uso do protetor solar e o alerta a não exposição prolongada ao sol, para prevenção ao câncer de pele; e ações de prevenção secundária, que ocorrem em situações nas quais o processo da doença já está instaurado.
“Por que falamos em prevenção e diagnóstico precoce do câncer? Há neoplasias que podem ter um diagnóstico e um tratamento mais precoces, aumentando as chances de cura. Cito como exemplo o câncer colorretal, onde preconizamos a colonoscopia a partir dos 50 anos e, no caso de pacientes com histórico familiar, a partir dos 45 anos. E há tumores que podem ser prevenidos, caso do câncer de colo uterino. Sua origem está relacionada ao HPV - papilomavírus humano. Já temos vacina contra o HPV que, segundo estudos, pode reduzir a contaminação e o risco de transformação maligna”, orientou.