Para falar da crise na educação brasileira, com foco no Rio Grande do Sul, o Rizoma desta semana contou com a participação do professor da rede estadual e municipal, Paulo Barcellos, que atua nas escolas de Ijuí, e com o professor da casa, doutor em educação, Sidinei Pithan da Silva, que atua no Mestrado e Doutorado em Educação nas Ciências.
Confira na íntegra
Ao ser questionado sobre as crises que a educação enfrenta, Barcellos afirmou: “eu interpreto a crise como um momento de recuo do estado, uma certa fragilização da política educacional e que em momentos anteriores a gente viu com mais força, aí surge a razão de dizer que é uma crise nova, é uma crise que talvez seja uma questão mais gerencial. Isso nos desafia a pensar o que está em jogo agora, diferente de outros momentos”, salienta.
Em relação às contribuições que a sociedade tem com a educação, comentou: “existe por parte da sociedade um certo descaso com a educação, quando você tem propostas, como nos últimos tempos, em que você tem governos que reduzem os orçamentos de universidades públicas, de pesquisa, bolsas de estudos e mesmo assim a sociedade não se movimenta num processo que vá discutir e reivindicar que isso não ocorra, a gente pode ter uma noção que não há uma priorização por parte da sociedade na educação, que não enxerga a importância social que a educação tem, a importância de humanizar a educação em todos os seus níveis”, destaca o professor.
Com o propósito de rever o cenário que a sociedade vive em relação à luta pela educação, o professor doutor em educação, Sidinei Pithan observou. “A gente precisa chamar a atenção da sociedade, porque é a sociedade que tem força, é ela que pode, de certo modo, mobilizar esses agentes que respondem pelo estado hoje a prestar atenção nessa questão educacional, que é um serviço, tanto modernizante quanto democratizante”. Sidinei ainda acrescenta: “sem educação nós iremos ter muitas dificuldades como nação e como sociedade”, destacando a necessidade de chamar a atenção da comunidade para esse assunto.