“A Advocacia Criminal é para poucos!”
A afirmação é de Guilherme Kuhn, egresso do curso de Direito, estudante de Psicologia na Unijuí e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos, também na Universidade. O jovem, de 26 anos, publicou no mês de março o livro “A Advocacia Criminal é para poucos”, em parceria com o Canal Ciências Criminais.
Ainda durante a graduação, o advogado foi convidado a escrever como colunista no Canal Ciências Criminais, de acordo com ele, um dos maiores canais do país sobre Advocacia Criminal, Direito Penal, Processo Penal, Execução Penal, Criminologia, entre outros. O convite para escrever o livro veio depois de um ano escrevendo para o Canal.
Para Guilherme, a profissão do criminalista sempre foi polêmica: "amada por poucos, mal compreendida por muitos e odiada por tantos outros".
“O advogado deve saber trabalhar com o destempero do acusado, que, não raras vezes, está com a sua liberdade cerceada. Igualmente, labora com o desespero dos familiares do réu, com o choro de uma mãe e de um pai, com o sofrimento da companheira ou do companheiro, bem como dos filhos”, comenta.
De outro lado, deve saber fazer isso sem desrespeitar: "nos crimes de sangue (como homicídio), do outro lado, também tem uma família que sofre, que perdeu alguém, um ente querido, um filho, que é a família da vítima”.
O livro, dividido em cinco seções, aborda as dificuldades enfrentadas para o exercício da Advocacia Criminal. Em resumo, a obra analisa os desafios, escrevendo sobre temas como “a guerra de todos contra um”, como é ser o “advogado do diabo”, a fragilidade da investigação preliminar brasileira, a atuação prática junto ao Tribunal do Júri, o amor ao júri pátrio e os obstáculos da execução penal.
A paixão de Guilherme pela advocacia criminal surgiu durante a graduação. A partir do 4º semestre voltou seus estudos para a área e explorou as possibilidades na Universidade. Foi bolsista de pesquisa de iniciação científica, monitor da Turma de Direito Penal II, apresentou trabalhos em seminários científicos, participou de diversos congressos jurídicos e desenvolveu estágio no Ministério Público, na Defensoria Pública e em Escritório de Advocacia, todos voltados às ciências criminais.
Guilherme Kuhn durante a graduação
Segundo Guilherme, os estudantes precisam aproveitar as oportunidades, especializar-se, conhecer as leis, saber compreender o mundo e o ser humano, os dramas e as tragédias alheias. “O mundo da prática não é o mesmo da teoria. Porém, para uma boa prática precisa-se de um bom domínio da teoria”, avalia.
O livro “Advocacia Criminal é para poucos” pode ser adquirido pelo Canal Ciências Criminais.