A economia solidária é um modelo crescente no país, no entanto, ainda busca maior reconhecimento pela comunidade. Para auxiliar nessa discussão, a Agência de Inovação e Tecnologia da Unijuí (Agit), por meio da Incubadora de Economia Solidária, Desenvolvimento e Tecnologia Social (Itecsol), promoveram, na última semana, o Fórum de Economia Solidária, com objetivo de promover questionamentos para o desenvolvimento desse modelo na região.
Para o membro da Executiva do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e da coordenação da Associação Brasileira de Pesquisadores de Economia Solidária, e também palestrante do evento, Gilmar Gomes, o movimento da Economia Solidária no Rio Grande do Sul vive um momento importante: “Nós temos que fazer com que cada uma dessas pessoas compreenda que a economia solidária só vai avançar se tiver união. Pode parecer uma bobagem ou uma palavra clichê, mas ela é muito importante porque a economia solidária é uma economia colaborativa, ela precisa que todos compreendam que é preciso ter um objetivo comum”, afirma.
Gomes frisou ainda que eventos como o Fórum de Economia Solidária promovido em Ijuí, mobilizam a população para esse cenário. “Ao meu ver, ela [economia solidária] ficou muito dependente das políticas públicas do governo anterior e, talvez, agora vá enfrentar dificuldades de se reconhecer e viver às próprias custas. Estamos vendo uma desmobilização do Fórum Gaúcho. E ele é a expressão de vários fóruns municipais, portanto, se tem uma crise ou uma percepção de que está frágil é preciso reforçar o trabalho nos municípios. Todo momento de crise é uma possibilidade”, conclui.
Saiba mais sobre a Economia Solidária
Com objetivo de fomentar a economia por meio do incentivo aos pequenos produtores locais foi que nasceu a ideia da economia solidária. Esse modelo, nada mais é, que uma forma de vender sua ideia ou produto por meio da cooperação, buscando o fortalecimento do grupo e pensando no bem comum. Nesse contexto, a economia solidária vem ganhando força nos últimos anos e se apresenta como uma alternativa inovadora de geração de trabalho e renda, mas, sobretudo, de inclusão social, pois compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais que visam um comércio justo e o consumo solidário.
Por Giuli Ana Izolan, acadêmica de Jornalismo.