Após décadas, o Esporte Clube São Luiz de Ijuí trocou o gramado do Estádio 19 de Outubro. Colocou uma grama padrão, utilizada em estádios pelo Brasil e mundo afora para jogar a 1ª Divisão do Campeonato Gaúcho novamente. O processo de troca iniciou no fim de 2017, após a disputa – e o título – da Divisão de Acesso. E a Unijuí tem contribuído, pelo trabalho de voluntários, para deixá-lo nas melhores condições de jogo.
O professor do Departamento de Estudos Agrários Emerson André Pereira, juntamente com estudantes de Agronomia e de Medicina Veterinária, e do engenheiro agrônomo Ilson Fernando Rychesky, egresso da primeira turma do curso na Universidade, além de funcionários do clube, têm realizado um intenso trabalho no gramado. O resultado pode ser conferido nas rodadas do Gauchão que está em andamento.
“Fomos chamados pela direção do clube, pois o campo não estava tendo o desenvolvimento que deveria ter. O professor Valmir de Quadros, que tem formação em solos, contribuiu. Fizemos análises e intensificamos o trabalho. Foi uma corrida para ajustar, mas deu tudo certo. Agora é só dar sequência, ajustar algumas falhas e o campo vai ficar cada vez melhor”, observa o professor Emerson, que é especializado em pastagens.
Pelo menos um grande teste já foi superado. Logo na primeira rodada do campeonato choveu fortemente em Ijuí até praticamente a hora do jogo. Houve desconfiança de que não haveria condições de jogo, mas no fim deu tudo certo. A própria engenheira agrônoma da Federação Gaúcha, Maristela Kuhn, responsável pelos gramados da Copa do Mundo de 2014, também deu assistência técnica e estava presente naquele dia. Antes do início da partida, em entrevista para a imprensa, ela garantiu que o gramado suportaria. Teve jogo e o São Luiz empatou em 1 a 1 com o Grêmio.
Fotos: Esporte Clube São Luiz/Divulgação
A oportunidade de contribuir para o clube e realizar um trabalho prático motivou alguns estudantes do Departamento de Estudos Agrários, que estão auxiliando voluntariamente nas atividades. “Gosto dessa parte de gramas, forragens, me interesso muito, por isso resolvi ajudar. Também pela oportunidade de praticar”, complementa o estudante de Agronomia Ricardo Schneider.
O mesmo aconteceu com o engenheiro agrônomo Ilson Fernando Rychesky. “Sou torcedor e acompanho o clube. Quando começou a troca do gramado passei a acompanhar os trabalhos, pois foi utilizada uma técnica nova, por curiosidade da profissão. Com o passar do tempo as coisas foram ficando difícil, falei com o Sadi Pereira, da diretoria do clube, e me integrei aos trabalhos. A cada dia, sempre que dá um tempo, venho no gramado”, conta.
