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Edição do debate foi realizada nesta terça-feira, na Associação Comercial e Industrial de Ijuí - ACI.
O presidente da edição 2016 da ExpoIjuí, empresário Jalmar Martel, destacou que uma feira se apresenta como uma grande oportunidade de mostrar num único lugar todo o potencial de um Estado, nação, região ou município. “As feiras vivem de novidade, você não pode fazer aquilo que tu fez ano passado no ano seguinte. E todos os esforços do Poder Público, UETI e ACI tem que estar voltados para beneficiar o visitante e o expositor, se não for para isso aí, a feira pode não ter sucesso”, afirmou.
Entre os assuntos abordados, ele citou outras feiras gaúchas, a cultura e a gastronomia como pontos altos da ExpoIjuí, a gestão colaborativa da feira e a exigência de um projeto cultural bastante avançado para a Fenadi, que envolve mais de 200 apresentações em todos os setores.
A satisfação dos visitantes e expositores nas últimas edições da ExpoIjuí foi o tema explanado pelo professor, mestre em Administração, Ivo Ney Kuhn. Desde 2004 ele coordena pesquisas que são realizadas diretamente com os visitantes e expositores em todos os turnos e dias de feira. “A ideia é avaliar a satisfação dos expositores e visitantes, fortalecer o vínculo com o mundo empresarial, fomentar a integração entre escola e empresa e construir conhecimento na área do marketing de lugares”, explica.
Também compôs a mesa o professor da UNIJUÍ, doutor em Administração, Romualdo Kohler, que falou sobre os efeitos de eventos na economia local, a partir de três elementos que afetam o desenvolvimento de atividades: efeitos diretos, como o faturamento da própria feira; efeitos indiretos, que se dão ao longo da cadeia de bens e serviços, como a movimentação de hotéis, restaurantes e efeitos induzidos, que seria a renda gerada pelos efeitos diretos e indiretos que vão levar as pessoas a fazer atividades futuras que desencadeiam no desenvolvimento da economia local.
O professor destacou os pontos negativos da feira, como os gargalos de contração da economia local, e os pontos positivos. “A feira tem um potencial de agregação de valor no local, turistas, visitantes, expositores e trabalhadores que vêm gastar seus recursos aqui, além dos gastos de manutenção”, explica o professor, afirmando que a feira também proporciona qualidade de vida e entretenimento à população e a exposição do município à mídia que permite no futuro retornos potenciais.
Dá o play para ouvir “O que está pegando” na íntegra: