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Palestra sobre a questão da divulgação científica foi destaque na penúltima noite do Salão do Conhecimento.
Café faz mal ou bem para a saúde? Ele tira o cálcio ou é benéfico para o cérebro? Essa é apenas uma das questões que norteiam a divulgação da ciência em palestra que movimentou o Salão de Atos na noite de 1° de outubro. “Quando a divulgação da ciência desinforma” foi ministrada pela Drª Márcia Borin da Cunha, mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria e doutora em Educação pela Universidade de São Paulo.
A divulgação da ciência permeia, primeiramente, a relevância da ciência. A divulgação é importante por dois motivos segundo Márcia: a questão social e monetária: “Um dos grandes motivos de divulgar a ciência é de dar retorno, porque a sociedade paga para se fazer e o cientista deve dar esse retorno. E o aspecto social, porque ela tem uma inserção na sociedade, ela é feita em função da sociedade, das problemáticas”.
A confiabilidade e a credibilidade das informações é outro aspecto. Diante da quantidade de canais de comunicação disponíveis, principalmente a internet, saber o que é verdade e o que não é verdade é uma tarefa difícil. Segundo Márcia, o olhar crítico conta muito. “O artifício de jogar no título algo importante é para vender e dar um clique, mas nem sempre aquilo que está no texto é aquilo que está no título de um texto”, afirmou Márcia.
Além disso, as formas de divulgar os conhecimentos perpassam a Ciência Sexy, ou seja, o intuito de evidenciar as informações a partir de espetáculos. “Quer se mostrar um lado da ciência que nem sempre é real, então você cria eventos, mostra uma ciência que nem sempre acontece no laboratório”, destacou. Relacionados a isso estão os assuntos em pauta. Geralmente, segundo Márcia, beleza, saúde e sexo são as ênfases que deixam de lado a química e a física por serem mais difíceis de serem compreendidas.
Texto: Cristiane Grumicker, estudante de Jornalismo da Unijuí
Foto: Janaína Barbosa, estudante de Jornalismo da Unijuí