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Os brasileiros jogam fora 76 milhões de toneladas de lixo, 30% poderiam ser reaproveitados, mas só 3% vão para a reciclagem.
Com o aumento do poder aquisitivo da população brasileira, as pessoas tendem a consumir cada vez mais e consequentemente a quantidade de resíduos descartados serão maiores. Nós não nos sentimos responsáveis pelo que consumimos, desperdiçamos e produzimos de lixo. No entanto, somos partes integrantes do que chamamos natureza e somos sim responsáveis por tudo que afeta o meio ambiente.
A proposta da coleta seletiva movimenta um mercado promissor e gera renda para várias pessoas e para as empresas empenhadas nessa prática. Em favor da diminuição da poluição do solo e dos rios, bem como do acúmulo de lixo em locais inadequados, a separação dos lixos orgânicos e dos reaproveitáveis na coleta seletiva é parte fundamental nas práticas do desenvolvimento sustentável do planeta.
A UNIJUÍ está inserida em uma proposta diferenciada de separação do lixo na Universidade. Desde o ano passado o Câmpus Ijuí iniciou com uma campanha inovadora na Instituição de separação de resíduos sólidos. Durante esse mês de agosto a campanha passou a vigorar no Câmpus Santa Rosa. Um novo padrão de descarte de resíduos, não contento apenas o descarte do lixo em duas lixeiras, recicláveis e orgânicos, e sim seis novas lixeiras para: orgânico, papel, plástico, metais, vidros e não recicláveis.
Desta forma, a conscientização teve início a partir do mês de julho, através de uma capacitação sobre a reformulação da coleta seletiva de resíduos sólidos, para todos os funcionários do Câmpus Santa Rosa, principalmente o setor de limpeza e conservação, que atua diretamente na coleta, dando sequência a um dos projetos do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da Universidade.
De acordo com o chefe do Núcleo de Gestão Ambiental e Biossegurança da UNIJUÍ, João Lucas Pereira dos Santos, o objetivo da capacitação foi formar facilitadores que disseminem as práticas necessárias à correta aplicação da coleta seletiva em todos os espaços físicos pertencentes à instituição, constituindo de forma homogênea uma rede interna de segregação de resíduos recicláveis e não recicláveis. “O curso apresentou a forma de separar os tipos de resíduos e como acondicioná-los através de codificação de cores conforme Resolução do CONAMA 275/2001, com ênfase nos resíduos classificados na classe “D”, segundo Resolução da ANVISA 306/2004”.
Confira algumas fotos da capacitação realizada no Câmpus Santa Rosa:
A coleta dos resíduos recicláveis está sendo realizada por empresas que estão aptas a desenvolverem esse processo e que possuem licenciamento ambiental. Já o resíduo orgânico está sendo organizado um local no Câmpus para receber esse material e posteriormente utilizá-lo nos jardins como adubo. Porém, ainda deverá ser enviado para a coleta urbana até a devida adequação. O resíduo não-reciclável é destinado para aterro através da coleta urbana.
Durante o período de 10 dias referente esse mês, o Câmpus Santa Rosa gerou 146,10 Kg de resíduos, sendo 21,92kg papel, 17,97kg plástico, 1,52kg metal, 8,60kg orgânico e 96,09 não reciclável (rejeito).
Curiosidades sobre o lixo consumido no Brasil
Os brasileiros jogam fora 76 milhões de toneladas de lixo, 30% poderiam ser reaproveitados, mas só 3% vão para a reciclagem. Em dez anos, o número de municípios que implantaram programas de reciclagem aumentou de 81 para mais de 900. Mas isso não representa nem 20% das cidades. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), apenas em 2012, foram descartados 24 milhões de toneladas de resíduos em lugares inadequados. Isso seria suficiente para encher 168 estádios de futebol do tamanho do Maracanã.
Confira abaixo as instruções da correta separação dos resíduos na UNIJUÍ Câmpus Santa Rosa: