Especial: Caminhos do Lixo - Unijuí

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Quem estuda, trabalha ou visita o câmpus da UNIJUÍ, em Ijuí, participa de um novo padrão de descarte de resíduos: a coleta seletiva. Entenda a importância da mudança nesta reportagem especial!

Resíduo, detrito, entulho. Não importa a denominação, o descarte correto do nosso lixo é uma preocupação fundamental para minimizar danos ambientais e sociais. A coleta seletiva é importante nesse processo, pois, além de poupar a natureza com nossa sujeira cotidiana, contém, em sua cadeia, um ciclo virtuoso: determinados resíduos podem ser reciclados e transformados pela indústria, gerando emprego e renda.

Quem estuda, trabalha ou visita o câmpus da UNIJUÍ, em Ijuí, participa de um novo padrão de descarte do lixo, que, ao invés de duas lixeiras – uma para recicláveis e outra para orgânicos – tem diversos tipos diferentes: papel, plástico, metais, vidros e não recicláveis. E, com o descarte correto, seguindo o padrão, a coleta seletiva funciona! Mas, e depois, o que acontece? Qual o caminho do lixo até o destino final?

A Universidade estabeleceu convênio com duas cooperativas de catadores em Ijuí, a Acata e a ARL 6, que recolhem parte dos resíduos recicláveis na Universidade, principalmente papeis, que depois são revendidos para as indústrias que transformam o lixo em novos produtos.

Tudo faz parte de um ciclo. Confira a seguir como ele funciona!

Ciclo virtuoso

O lixo também é fonte de emprego e renda para catadores associados às cooperativas em questão e também é matéria para a indústria de reciclagem: as associações recolhem os resíduos na UNIJUÍ, fazem uma triagem em sua sede, compactam fardos com grande quantidade de materiais, todos separados por tipologia, e depois revendem para pessoas que neste mercado são chamados de atravessadores. São eles que vendem posteriormente para as indústrias.

Por fim, as indústrias transformam o lixo em novos produtos, como caixas de papelão, papel reciclado e outros, novas embalagens plásticas como sacos, potes, e novos produtos metálicos, como latinhas de bebidas ou peças metálicas para móveis, entre outros. Os novos produtos fabricados a partir da coleta seletiva dependem da composição de cada resíduo, do grau de limpeza e pureza deles.

De acordo com Elizandra Pinheiro da Silva, da Incubadora de Economia Solidária da UNIJUÍ (ITECSOL), onde as duas cooperativas – Acata e ARL6 – estão incubadas, a coleta beneficia diretamente os associados, gerando emprego e renda. Diretamente, somando as duas associações, são 36 pessoas beneficiadas e indiretamente mais de 70, levando em conta os familiares dos trabalhadores. "Precisamos urgentemente rever os conceitos. E passar a ver os trabalhadores da reciclagem de outro ângulo. Hoje eles são os verdadeiros agentes ambientais que destinam corretamente o lixo que é produzido por nós", avalia.

Em vídeo, entenda como funciona o ciclo da coleta seletiva de lixo da UNIJUÍ

 

 Confira os números da Coleta Seletiva na UNIJUÍ

 

- As quantidades de papel, plástico, metal, vidro e misturado foram encaminhados para as associações de reciclagem que a universidade possui convênio.

- O resíduo orgânico e não reciclável foram encaminhados para o aterro sanitário, através da coleta urbana do município.

O futuro da coleta seletiva na Universidade

De acordo com o Núcleo de Gestão Ambiental e Biossegurança da Universidade, na implantação da coleta, colaboradores da universidade foram capacitados para disseminar nos setores o descarte correto de cada tipo de resíduo. Também foram capacitados os colaboradores do setor de limpeza e conservação, que atuam diretamente na coleta.

"Trabalhamos primeiramente no câmpus Ijuí, para depois expandirmos aos demais câmpus. Avaliamos como positiva a implantação da coleta seletiva", salienta João Lucas Pereira dos Santos, chefe do Núcleo de Gestão Ambiental e Biossegurança da Universidade.

Segundo João Lucas, em 2015 a coleta seletiva vai ser ampliada para os demais câmpus da UNIJUÍ. Em cada uma das cidades – Panambi, Santa Rosa e Três Passos – novos convênios com associações de recicladores serão firmados para o correto descarte dos resíduos.

Além disso, os resíduos orgânicos, como restos de alimentos e o resíduo que resulta da poda das árvores do câmpus Ijuí, em um primeiro momento, vão ser depositados em uma composteira. O resultado da compostagem vai ser utilizado como adubo para a jardinagem do próprio câmpus. Atualmente este tipo de resíduo é encaminhado ao descarte realizado pela prefeitura na coleta municipal de lixo.

Colabore com a coleta seletiva da UNIJUÍ! Abaixo, confira dicas do descarte correto dos resíduos no Câmpus Ijuí


 

 


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