A UNIJUÍ sediou entre os dias 20 e 22 de outubro o Seminário sobre Pedagogias Inovativas, promovido pelo Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung).
Foram ministrantes os professores Liisa Kairisto e Ari Putkomen, da Universidade de Turku, na Finlândia. Os principais pontos trabalhados foram a implantação de Incubadoras de Estudos, de Projetos e de Tecnologias. O objetivo destas incubadoras é proporcionar experiências múltiplas de aprendizado, pesquisas, vivências, trabalho coletivo, experimentação, inovação apresentando-se como um diferencial para pensar o processo de ensino e aprendizagem a partir de Pedagogias Inovativas. Estas propõem uma mudança nos paradigmas educacionais especialmente ao considerar o estudante como ator principal do processo de formação acadêmica no desenvolvimento das competências individuais, interpessoais e em redes, tendo como foco produzir competências para desenvolver inovações na vida profissional.
O trabalho, a partir de metodologias ativas, considera o saber prévio dos estudantes, para a teorização, contextualização dos temas/conteúdos na busca de hipóteses de solução e aplicabilidade na realidade observada. Neste sentido, a Universidade como parceira neste processo precisa realizar o planejamento curricular de forma flexível, interdisciplinar, transdisciplinar, realizando a avaliação de forma coletiva. Conforme destaca a assessora pedagógica Sandra Bado, da Vice-Reitoria de Graduação da UNIJUÍ, a universidade precisa proporcionar, no processo de formação acadêmico profissional, espaços multidisciplinares de aprendizagens, o que transcende a tradicional sala de aula para possibilidades tecnológicas globais de interação entre ensino e pesquisa, neste processo o professor se insere como mediador. Busca-se desacomodar o estudante, promovendo novas experiências, levando-o a circular em outras áreas acadêmicas, oportunizando conhecimentos múltiplos, trabalho em equipe, em redes e internacionalização do saber.
“Vivenciar a Pedagogia da Inovação é pensar o processo de aprendizagem proporcionando ao estudante a habilidade de resolução de problemas, aprendizagem continua, crescimento pessoal, atitude para mudar, trabalho coletivo na busca de objetivos comuns institucionais ou do lócus profissional, estas foram as principais ideias discutidas pelos professores finlandeses e professores das universidades do Comung”, salienta a assessora, que foi uma das participantes do seminário. Também participaram, pela UNIJUÍ, a Vice-Reitora de Graduação, Cátia Nehring; e as docentes Mirna Ludwig e Eloísa Eickhoff, ambas do Departamento de Ciências da Vida (DCVida); Lucinéia Felipin Woitchunas, do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC); e Cristina Pozzobon, do Departamento de Ciências Exatas e Engenharias (DCEEng).
Em entrevista à Rádio UNIJUÍ FM, os ministrantes do seminário, professores Liisa Kairisto e Ari Putkomen, destacaram o papel da Universidade em produzir novas formas de aprendizagem. Ari Putkomen destacou que, quando se fala em inovação, não se deve pensar apenas em tecnologia, mas em outras formas de inovação, e que as incubadoras são um exemplo. Liisa Kairisto destacou que “todo estudante pode ser um empreendedor, e para isso deve planejar seus estudos, trabalhar duro, aceitar que existem muitos riscos e incertezas e que, para enfrentar isso, é preciso ter um espírito empreendedor”.