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Em solenidade realizada na tarde desta sexta-feira, 13 de dezembro, foram empossados os novos dirigentes da Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (FIDENE) e da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), para a gestão 2014-2016.
Na presidência da FIDENE foram empossados Martinho Kelm, no cargo de Presidente; Júlio Bolacell, como Vice-Presidente; e Laerde Gehrke, Diretor Executivo da mantenedora. Na gestão anterior, a Vice-Presidência foi conduzida pelo professor Gilmar Antonio Bedin. Já na Reitoria da UNIJUÍ foram reconduzidos ao cargo os atuais dirigentes: Martinho Kelm, Reitor; Cátia Nehring, Vice-Reitora de Graduação; Evelise Berlezi, Vice-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão; e Laerde Gehrke, Vice-Reitor de Administração. Na solenidade, também foram apresentados os novos conselheiros dos Conselhos Superiores da Fundação.
O Reitor Martinho Kelm começou seu discurso lembrando do poema de Mário Quintana, citado por ele quando assumiu a primeira gestão como Reitor: “Se as coisas são inatingíveis...ora! não é motivo para não querê-las... que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas!”. Ao citar novamente o poema, destacou que “três anos se passaram e, quando olhamos novamente para a Universidade no dia de hoje, temos em nossas mãos ‘estrelas’ que nem sonhávamos em observar”, referindo-se ao equilíbrio econômico e financeiro no qual a UNIJUÍ se encontra atualmente.
Martinho Kelm também destacou a contribuição dos professores, técnicos, gestores e alunos na construção da Instituição, considerada “uma Universidade de excelência”, o que se visualiza também pela consolidação do “conceito 4” no Índice Geral de Cursos (IGC), atribuído pelo Ministério da Educação para a UNIJUÍ, dos “conceitos 4” conferidos pela Capes para os programas de mestrado e doutorado e a seleção de Ijuí para a oferta de um curso de medicina na cidade. “Estes são apenas alguns exemplos que espelham, de modo contundente, a competência e a determinação daqueles que, nestes 57 anos de existência da Instituição, forjaram um projeto de desenvolvimento sustentável para esta região por meio da educação”. Kelm ressaltou também o esforço dos que estiveram à frente da Instituição em gestões anteriores. “Se neste final de gestão podemos apresentar um superávit final de aproximadamente oito milhões de reais, temos de nos lembrar de que gestores do passado tomaram duras medidas de redução de custos e aumento de receitas que nos coloca hoje em um quadro de equilíbrio e de maior autonomia”.
Caráter comunitário
O papel das universidades comunitárias também foi destacado pelo Reitor. Segundo Kelm, “as universidades comunitárias são efetivamente um modelo institucional maduro, definitivo e sustentável em todas as suas dimensões. Não somos um modelo de transição em busca da estatização, também não somos um instrumento de rentabilização de capital. Somos a materialização de um desejo de uma comunidade em dispor de uma educação de excelência, acessível e consistente”, salientou, lembrando que recentemente o Governo Federal reconheceu legalmente o modelo organizacional e consolidou o Sistema de Educação no Brasil como constituído das Instituições Estatais, das Empresariais e das Comunitárias.
Sobre o caráter comunitário da Instituição, destacou que a FIDENE/UNIJUÍ se constituiu a partir de um conjunto de necessidades e possibilidades de transformação do território pela educação. “Somos um patrimônio deste território. Acredito que esta seja a principal característica que marca o perfil da UNIJUÍ e disto decorre que nossa intervenção na sociedade nunca é genérica, nunca é padronizada, sempre é ergonomicamente construída”.
Neste sentido, citou o esforço em torno do projeto de implantação do curso de medicina da UNIJUÍ, cuja concretização, segundo ele, irá qualificar as estruturas físicas e tecnológicas na área da saúde o que, por consequência, elevará a atratividade para que mais profissionais competentes busquem fixar residência e atuar profissionalmente na região. “É isto que faz uma Universidade Comunitária. Esta é a UNIJUÍ de hoje. E é desta perspectiva que iniciamos mais que uma nova gestão - a UNIJUÍ está iniciando um novo ciclo de atuação”.
Desafios futuros
“Como deverá ser a UNIJUÍ de amanhã para continuar sendo pertinente para esta região?”. Com este questionamento, Kelm falou dos desafios que deverão ser enfrentados na nova gestão, e da necessidade de analisar os processos de desenvolvimento deste território e da forma como a educação, em suas dimensões de ensino, pesquisa e extensão podem contribuir. O Reitor destacou o projeto de desenvolvimento alicerçado na presença da UNIJUÍ na região, por meio de seus quatro Câmpus, abrangendo mais de 50 municípios e a necessidade de uma ação integrada de três grandes segmentos da sociedade: o segmento público estatal, o segmento empresarial e o segmento educacional. “Discutir o futuro da UNIJUÍ, identificar sua pertinência, é nos colocar como parceiros de um projeto de desenvolvimento sustentável deste território. É isto que nos propomos a fazer. É para isto que iremos trabalhar internamente e queremos interagir com os demais agentes da sociedade regional”, finalizou.