Conhecida por seu trabalho como jornalista e sua luta em defesa dos animais, há dois anos Rosane Marchetti encampa uma nova luta, a de relatar sua experiência com o câncer de mama e alertar cada vez mais mulheres para a necessidade de prevenção e de um diagnóstico precoce.
Sua história foi conhecida na tarde de segunda-feira, 28, no Salão de Atos da UNIJUÍ, por uma plateia lotada, com muitas mulheres que também já enfrentaram a doença e outras tantas que se solidarizam com a história da jornalista.
Há dois anos em meio há uma mamografia de rotina, Rosane viu seu mundo desabar com o diagnóstico de câncer de mama. Depois de se afastar por um ano de suas atividades profissionais, enfrentar a quimioterapia, cirurgia para retirada do nódulo e todos os aspectos psicológicos inerentes a notícia que envolve uma doença como o câncer, Rosane afirma que o principal ganho foi repensar atitudes, prioridades, e de busca de alertar outras mulheres para a prevenção.
“A gente sempre pensa que acontece com os outros, principalmente como jornalista, estamos acostumados a contar a história dos outros, então é uma grande lição de humildade, de rever prioridades, de aceitar a finitude da vida, mas também de querer ficar mais tempo aqui. O carinho da família e dos amigos, a solidariedade e a terapia com nossos animais de estimação com certeza fizeram toda a diferença na minha recuperação. Dividir minha dor ajudou no meu tratamento”.
O bate papo no câmpus da UNIJUÍ contou também com a presença do médico diretor do Cacon, Fábio Franke e a mediação da jornalista Anelise Nicolodi. Franke ressaltou que Rosane é um exemplo que existe vida após o câncer. “ A gente pode transformar nossa vida para a melhor, porque é um momento de repensar, mas é essencial que o diagnóstico seja feito precocemente, pois dos 50 mil casos novos por ano, ainda temos dez mil mortes devido ao diagnóstico tardio”, alerta o médico.