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Exposição retrata a história e a cultura Afro-Rio-Grandense

Exposição “História e Cultura Afro-Rio-Grandense” está aberta à visitação na Sala de Exposições Temporárias do Museu Antropológico Diretor Pestana

Por muitas décadas os negros foram relegados a um papel de coadjuvantes na história do Brasil. Com o objetivo de resgatar a participação dos mesmos e de reconhecer a contribuição que deram para o processo de formação social, econômica e cultural do país, em especial do Rio Grande do Sul, o Museu Antropológico Diretor Pestana está apresentando a exposição “História e Cultura Afro-Rio-Grandense”, aberta oficialmente na tarde de ontem, 07 de agosto, e que poderá ser visitada até o dia 27 de setembro.

A exposição, que faz parte do Projeto Raízes Gaúchas, é organizada pelo Museu, Secretaria Municipal de Educação, 36ª CRE e SINPRO-Noroeste. Como curadores estão os professores Paulo Zarth e Dinarte Belato, ambos da UNIJUÍ, Leandro Daronco, docente do IFF de Santa Rosa, e o professor Marcelo Ordesto Rodrigues.

Autor do livro “À sombra da Cruz”, que retrata a presença do negro na região Noroeste, o professor Leandro Daronco destacou que iniciativas como esta contribuem para dar visibilidade aos sujeitos que historicamente foram relegados a um papel inferior e que tiveram uma difícil inserção na sociedade, principalmente pela forte influência europeia na colonização do Estado. O professor Paulo Zarth também destacou este resgate da história afro-brasileira, tema muito presente hoje nas escolas.

A exposição é composta por fotos, documentos, livros, esculturas, telas e outros elementos representativos da cultura afro-brasileira, organizados a partir de aspectos que retratam a religião, o cotidiano, a valorização cultural, o trabalho, a história e a capoeira. Um dos destaques é o Congal, altar sagrado dos terreiros de umbanda, onde estão imagens de santos católicos, caboclos, pretos velhos e outros. A exposição também destaca o trabalho do Centro Cultural Herdeiros de Zumbi, de Ijuí, que desde 1987 integra o conjunto de grupos étnicos ligados à União das Etnias de Ijuí (UETI) e que realiza um trabalho de resgate e valorização da etnia afro-brasileira na região.

A capoeira também tem um papel de destaque na exposição, motivando inclusive a temática de duas oficinas que serão realizadas ao longo da programação. Enquanto manifestação cultural muito popular, a capoeira vem ganhando espaços cada vez maiores na sociedade, inclusive nas escolas, e para demonstrar o trabalho que vem sendo realizado na região, o Museu convidou o Grupo de Capoeira “Oxósse” para fazer uma apresentação no evento de abertura.

A exposição “História e Cultura Afro-Rio-Grandense” está aberta à visitação até 27 de setembro, na Sala de Exposições Temporárias do Museu Antropológico Diretor Pestana. A programação contempla uma série de oficinas. O agendamento de visitas pode ser feito na Secretaria do Museu, pelo fone (55) 3332-0257.


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